Por Rafaela Damasceno
Na realidade atual, muitos plásticos não podem ser reciclados de maneira eficaz. Como consequência, são descartados indevidamente e acabam em aterros sanitários ou nos oceanos, onde representam uma séria ameaça ao meio ambiente e à vida marinha.
Recentemente, pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos, encontraram o que parece ser a solução.
Eles projetaram uma nova forma de plástico, chamada polydiketoenamine (PDK). Ele se decompõe em nível molecular, pode ser desmontado e remontado de maneiras diferentes, com texturas e cores distintas. Esse processo pode ocorrer infinitas vezes, o que anima os cientistas com a possibilidade de ser devidamente reciclado, e não descartado na natureza.
“A maioria dos plásticos não foi feita para ser reciclada”, afirmou à Forbes o principal autor do projeto, Peter Christensen. “Nós descobrimos uma maneira de juntar o plástico levando em conta a reciclagem de uma perspectiva molecular”.
A poluição plástica é um dos maiores problemas da atualidade. Estima-se que, em 2050, haverá mais lixo plástico no mar do que peixes. Diversos países estão se movendo para tentar diminuir a poluição: o Panamá, recentemente, se tornou o primeiro país da América Central a banir as sacolas plásticas, e o Canadá declarou que irá impor uma proibição do uso único do material até 2021.
“Esse é o momento exato para pensar em projetar materiais e instalações de reciclagem para permitir a reutilização do plástico”, afirmou Brett Helms, o líder da equipe de pesquisa.
Os pesquisadores planejam incorporar materiais a base de plantas no PDK futuramente, tornando o novo plástico ainda mais sustentável.