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ESPERANÇA

Cientistas comemoram volta de lesma rosa gigante à vulcão extinto, seu único habitat conhecido no planeta

12 de janeiro de 2025
2 min. de leitura
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Foto: National Parks and Wildlife Service de NSW

A lesma kaputar (Triboniophorus aff. graeffei) pode crescer até alcançar 20 cm de comprimento – ultrapassando o tamanho de uma mão humana média. O único lugar no mundo onde este animal exótico já foi documentado é um vulcão extinto no Parque Nacional Mount Kaputar, na Austrália. Em 2019, a área foi atingida por incêndios florestais catastróficos e cerca de 90% da população da espécie não resistiu. Agora, cientistas cidadãos que monitoram o local comemoram o aumento dos avistamentos do animal, alguns com uma dezena de lesmas vistas de uma só vez.

Depois dos incêndios, o Serviço de Parques Nacionais e Vida Selvagem do estado de Nova Gales do Sul, na Austrália, criou o aplicativo Slug Sleuth – ou Detetive Lesma, na tradução – para que os visitantes do parque possam relatar avistamentos, que geralmente acontecem após chuvas ou em manhãs frias e nubladas. Até o momento, houve cerca de 850 relatos.

No app é possível fazer o upload de fotos e de informações sobre quantos animais as pessoas viram – e onde e quando eles foram vistos – para que os especialistas possam determinar as preferências de habitat das lesmas e os efeitos das mudanças climáticas na população que se recupera dos incêndios.

Adam Fawcett, que é oficial do projeto de espécies ameaçadas do departamento de Parques Nacionais e Serviço de Vida Selvagem do estado afirmou ao The Guardian que graças ao aplicativo tem visto como a lesma se recuperou e pode detectar tendências ao longo do tempo. Ele faz levantamentos de áreas específicas para medir a densidade populacional da espécie, agregando aos dados o conhecimento que obtém com o aplicativo. “Fico muito emocionado, fico louco tirando fotos… Adoro quando você vê eles fazendo algo diferente… só não sabe para onde olhar”, afirma.

Fawcett afirma que também foi capaz de comparar as zonas queimadas e não queimadas e descobriu que nas áreas queimadas as lesmas se recuperaram para níveis aproximadamente iguais aos das áreas não queimadas. Não está totalmente claro como elas sobreviveram, mas a teoria predominante é que as lesmas penetraram profundamente nas fendas das rochas ou no subsolo o suficiente para se protegerem do calor do fogo.

Fonte: Um Só Planeta

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