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ESTRATÉGIAS DE PROTEÇÃO

Cientistas colocaram mini-mochilas em tartarugas para monitorá-las fora do ovo

8 de outubro de 2024
3 min. de leitura
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Foto: Reprodução/Instagram

Quando ovos de tartarugas eclodem, os filhotes saem no ninho e correm em direção ao mar. Mas, para saber exatamente o que acontece antes de os recém-nascidos deixarem a areia, pesquisadores colocaram mini-mochilas nos filhotes.

O resultado desse estudo, feito por pesquisadores na Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, foi publicado na revista científica Proceedings of the Royal Society B.

Essas “mochilas” são, na verdade, acelerômetros, dispositivos que registram variações de velocidade e direção (existe um deste no seu celular), e foram usados nos filhotes para analisar seus movimentos com precisão.

Com um detector de eclosão, os cientistas puderam saber quando os bebês sairiam dos ovos, que são enterrados em ninhos com 30 a 80 centímetros de profundidade. Então, eles cavaram a areia para encontrar filhotes e colocar mochilas em suas costas. Depois, recolocaram a areia sobre eles cuidadosamente e aguardaram que os animais dessem as caras. Os filhotes costumam chegar à superfície de 3 a 7 dias após a eclosão.

Os dados coletados revelaram que as tartarugas não cavam para alcançar esse objetivo. Na verdade, seus movimentos são mais parecidos com a natação, demonstrando uma orientação precisa e natural em direção ao topo, mesmo sem referências claras sobre a direção certa. No lugar de se inclinar de um lado para o outro, os filhotes se moveram verticalmente pela areia, balançando para frente e para trás.

“Não se pensa em quanto trabalho é necessário para que esses minúsculos filhotes nadem pela areia no escuro, quase sem oxigênio”, disse Lisa Schwanz, coautora do estudo, em comunicado. Ao se aproximar da superfície, os filhotes passam a se movimentar somente à noite.

“Há muitos fatores que não entendemos realmente porque não conseguimos observar esse estágio de suas vidas, mas esperamos que isso mude como resultado desse novo método, especialmente para responder a perguntas sobre as melhores práticas de conservação”, afirmou o autor principal do estudo, Davey Dor.

Fonte: Um Só Planeta

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