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CONSIDERE O VEGANISMO

Cientistas anunciam ter descoberto o elo entre carne vermelha e câncer

11 de novembro de 2024
3 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Apesar de a carne vermelha ser uma fonte de proteínas, vitaminas e minerais, diversos estudos já apontaram que seu consumo pode elevar os riscos de desenvolver câncer.

O processo biológico responsável por essa relação permanecia desconhecido. Mas cientistas de Singapura parecem ter descoberto a possível “chave” do vínculo.

Foi preciso investigar o intestino

O estudo foi publicado no dia 4 de outubro na revista científica Cancer Discovery e, com base em pesquisas anteriores que indicavam o ferro presente na carne vermelha como um possível fator de risco para o câncer colorretal, os cientistas analisaram amostras desse tipo de tumor para investigar a relação.

Para isso, então utilizaram diversas técnicas, como análise genética, purificação de proteínas, espectrometria e experimentos em camundongos, e constataram que o ferro presente na carne ativa a enzima telomerase por meio de uma proteína chamada pirina. Isso aceleraria o desenvolvimento do câncer.

A telomerase tem seu nome em referência aos telômeros, sequências de DNA que ficam nas pontas dos cromossomos e protegem o material genético. Como a cada divisão celular os telômeros perdem algumas sequências repetidas de DNA, a enzima tem o poder de “remendá-los”, restabelecendo o comprimento dos telômeros e evitando seu desgaste.

Quando as células são saudáveis, a atividade da telomerase é rigorosamente controlada. Porém, nas células cancerígenas, a reativação da telomerase permite que a célula se divida de forma ilimitada, favorecendo o crescimento do tumor maligno.

“Mostramos como o ferro-(Fe3+) em conluio com fatores genéticos reativa a telomerase, fornecendo um mecanismo molecular para a associação entre sobrecarga de ferro e aumento da incidência de cânceres colorretais”, escreveram os autores do estudo.

O que acontece ao reduzir a carne?

Um artigo de 2022 publicado na revista BMC Medicine mostrou que comer menos carne vermelha ou de frango foi associado a menos riscos de desenvolver um câncer. No entanto, os pesquisadores alertaram que a natureza observacional do estudo não permite conclusões sobre uma relação causal entre dieta e risco de câncer.

Na pesquisa, os autores notaram que pessoas que aderiram a uma dieta com pouca quantidade de carne (comer porções de carne vermelha ou de frango cinco vezes ou menos por semana) tiveram um risco 9% menor de ter câncer de cólon, por exemplo, em comparação com as pessoas que comiam carne com mais frequência. Outros cânceres também foram avaliados.

O risco geral de câncer era 2% menor entre aqueles que comiam carne cinco vezes ou menos por semana e 10% menor entre aqueles que comiam peixe, e 14% menor entre vegetarianos e veganos, em comparação com aqueles que comiam carne mais de cinco vezes por semana.

Eles também descobriram que o risco de câncer de próstata era 20% menor entre os homens que comiam peixe, e 31% menor entre os homens que seguiam uma dieta vegetariana, em comparação com aqueles que comiam carne mais de cinco vezes por semana.

Mulheres na pós-menopausa que seguiram uma dieta vegetariana tiveram um risco 18% menor de câncer de mama do que aquelas que comiam carne mais de cinco vezes por semana.

Fonte: UOL

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