“Planeta Ameaçado: Como impedir a extinção em massa?”, série veiculada pela TV Globo e produzida pela BBC, levanta informações importantes sobre a evolução descomunal da extinção de animais e plantas. Esse processo natural, que antes ocorria de forma lenta, com o passar dos anos se tornou mais rápido e prejudicial à biodiversidade mundial.
Em uma metanálise solicitada pela ONU em 2019 a mais de 500 cientistas, foi projetado que se as atuais ameaças ao meio ambiente persistirem, mais de 1 milhão de espécies poderão deixar de existir. O impacto disso vai muito além de deixarmos de ver alguns animais em florestas.
Desde 1500, segundo dados apresentados na série, mais de 570 espécies de plantas e 700 de animais deixaram de existir em nosso planeta. Do ano de 1900 para cá, o processo de extinção se tornou 100x mais rápido.
Animais vertebrados
Os números se tornam mais críticos, no caso dos animais, quando os analisamos separadamente por suas classes. Desde 1970, houve queda de 60% da população de animais vertebrados, como aves, mamíferos e répteis. No caso dos mamíferos, 75% de seu habitat natural foi destruído.
Animais invertebrados
10% de todos os insetos estão ameaçados, conta o pesquisador e ambientalista Robert Watson a BBC.
Até mesmo os bichos que vivem na terra, responsáveis pela decomposição de material orgânico, estão sumindo. Cerca de 30% dos solos do planeta estão degradados, segundo Richard Bardgett, que é pesquisador da biologia do solo. Isso significa que com o tempo, ficará ainda mais complicado o trabalho agrícola em algumas regiões, o que afeta diretamente a cadeia de produção de alimentos mundial.
No Brasil, lar da maior biodiversidade do planeta, a situação também é preocupante. Quase 3 mil espécies de plantas e árvores estão ameaçadas. O número de animais em risco quase dobrou entre 2004 e 2014, segundo é dito na série.
Medidas precisam ser tomadas para se evitar um breve colapso no meio ambiente. Tudo se encontra interligado, e se faz necessário manter o equilíbrio. Diferente dos dinossauros que foram extintos a milhares de anos, o ser humano tem força e inteligência para evitar um desastre ambiental que foi causado por ele mesmo. Infelizmente, ele vem se tornando o seu próprio asteroide nos últimos anos.