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Cientista russo planeja expedição ao redor do mundo para estudar a vida nos oceanos

20 de outubro de 2013
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O biólogo Alexander Semyonov e sua equipe planejam percorrer, em três anos, 35 mil milhas náuticas ao redor do planeta, fazendo centenas de mergulhos para estudar a vida nos oceanos e revelando ao mundo todas as suas descobertas. Aquatilis é a primeira expedição russa dedicada ao estudo da vida marinha que será feita em escala global. O projeto foi concebido e organizado pelo cientista, renomado fotógrafo subaquático e chefe de mergulho da Estação Biológica do Mar Branco, instituição ligada à Universidade Lomonosov de Moscou.

Há sete anos, Semyonov mantém um blog de divulgação científica sobre o estudo dos mares, que tem como principal objetivo contar às pessoas o quão incrível é o mundo que nos rodeia, assim como mostrar as belas e insólitas criaturas que nele habitam. Por esta razão, a expedição que ele está preparando não só será dedicada à pesquisa sobre as criaturas marinhas, como também, em maior escala, será usada como meio para a popularização da ciência.

Segundo Semyonov, “o oceano é literalmente um universo paralelo, um outro mundo povoado por seres verdadeiramente impressionantes”. O biólogo e sua equipe sonham em iniciar uma nova jornada que dê continuidade à “nobre causa dos primeiros descobridores do mundo subaquático”.

A bordo da embarcação, a tripulação do Aquatilis irá disseminar suas andanças por blogs e pelas principais redes sociais, onde os exploradores postarão imagens e vídeos, manterão contato com os leitores e falarão sobre as criaturas que encontrarem, bem como sobre o cotidiano no mar. Além disso, é esperado que eles formem no curso da viagem um banco único de fotografias e material em vídeo sobre o mundo oceânico: milhares de fotos em alta qualidade de organismos valiosos, coloridos e, possivelmente, desconhecidos para a ciência.

Outro objetivo do projeto é despertar o interesse das pessoas sobre os problemas ambientais que afetam os oceanos. A rota planejada passará inclusive por uma visita às ilhas geradas à base de lixo, que são acumulações gigantescas de lixo flutuante e plástico suspenso, cuja área chega a ultrapassar a de alguns países pequenos.

A expedição será feita em dez etapas de dois a quatro meses. No iate da Aquatilis, navegarão entre oito e 16 pessoas por vez, dependendo das missões propostas para cada fase. No total, ao longo dos três anos de explorações, mais de 50 especialistas participarão do projeto, tanto no mar como em terra.

Fonte: Diário da Rússia

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