Em alguns municípios, os tutores de animais domésticos, têm à disposição serviço gratuito de castração. No Alto Tietê, as cidades de Mogi das Cruzes, Arujá, Poá, Itaquaquecetuba, Guararema e Santa Isabel oferecem o serviço.
A castração deve ser uma das preocupações quando se pensa em adotar um animal, segundo os especialistas. Embora o procedimento ainda seja cercado de mito, ele é recomendado por veterinários. Paulo Roberto Garcia Júnior, veterinário, explica: “Ainda tem gente que acredita que o animal precisa ter cria para evitar certos tipos de doença. Outra crença é que a cirurgia é cara e agressiva para o animal”. Ele mostra que animais a partir de três meses de vida já podem ser castrados. Durante a cirurgia eles recebem anestesia geral. O veterinário acredita que a castração poderia diminuir o número de animais que circulam pelas ruas.
Resgates
Tentar oferecer qualidade de vida para animais abandonados é a missão do casal Márcia Cristina Pavin e Israel Vital Carvalho. Em um sítio de 13 mil metros quadrados em Suzano eles cuidam de dezenas de cães. O trabalho começou em São Paulo há dez anos e há cinco eles se mudaram para um lugar mais tranquilo para os cães. O casal não conta com nenhuma ajuda financeira e mantém os trabalhos com doações.
Márcia avalia que mensalmente cerca de 15 cachorros são adotados. “A gente faz uma feira de doações com termo de responsabilidade. Quem adota não pode vender nem doar o animal. Se não quiser mais devolve para gente novamente”, diz Márcia.
Castrar todos os animais é praticamente impossível financeiramente, mas o casal faz todo um trabalho de conscientização para que isso aconteça. “Quando um filhote é adotado a gente orienta o adotante a castrar o animal. Já os cães adultos aproveitamos as campanhas de castração”, destaca Israel.
A técnica veterinária Solange Comitre tem sete cães em casa e a saúde dos animais é uma preocupação. “Todos são vacinados, castrados e vermifugados. É preciso cuidar porque se eles adoecem a gente gasta mais”, diz Solange.
Fonte: G1