A cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, voltou a adotar no inverno deste ano uma solução para atrair pessoas em situação de rua para abrigo nas noites frias: receber também seus animais domésticos.
A administração municipal concluiu que muitos preferiam ficar nas ruas porque seus animais não eram bem aceitos nos abrigos. “Por muitas vezes eles [sem-teto] optam por não ir para o albergue, e não para um abrigo, para não deixar seus animais desamparados” disse à agência Reuters a secretária especial de Bem-Estar Animal da cidade, Fabiane Tomazi Borba.
A ação, chamada Acolhimento do Bem, acontece desde junho no Colégio La Salle São Paulo, que tem capacidade de abrigar até 150 pessoas.
“É bom. Estou feliz com eles e se não pudesse entrar com eles na casa [abrigo] eu iria pegá-los para dormir comigo. Eles dormem comigo na rua”, disse Machado de Lima.
Os humanos passam por triagem, teste rápido para Covid, recebem kit com produtos higiênicos, café da manhã e jantar; os animais têm água, ração e atendimento veterinário.
As 70 pessoas e quatro animais que estavam no local no dia 02/08 participaram de uma noite especial, com direito a sessão de cinema, sanduiche e pipoca. De acordo com a prefeitura, a atração foi uma iniciativa do Movimento Ação por Canoas (RS).
O abrigo deve permanecer em funcionamento durante as noites mais frias.
CACHORRO TAMBÉM SENTE FRIO
Animais também sentem frio e necessitam de cuidados no inverno. Por isso, além de cães de pessoas em situação de rua, aqueles acolhidos em abrigos também precisam de roupinhas e cobertores.
Tremor é um sinal claro de que o animal está com frio. Mas o tutor deve ficar atento se ele passar muito tempo deitado ou encolhido, dormir mais que o habitual ou estiver em letargia. Mudanças na respiração e nos movimentos respiratórios são sinais de atenção.
Veja cuidados para proteger o animal do frio em casa:
– Evite que o animal durma no chão sem proteção alguma. Mantenha sempre disponíveis caminhas, tocas ou até caixas para que ele se proteja
– Para animais que vivem em quintais, confira se a casinha está bem protegida, sem frestas ou aberturas que facilitem a entrada do frio ou de água
– Prefira horários mais quentinhos para os passeios, sem garoa ou sereno
– Bolsas de água ou gel aquecidas podem ajudar o animalzinho a dormir melhor. Basta aquecer e colocar embaixo das cobertas da caminha, casinha ou toca predileta
– Mantenha a rotina de alimentação e evite excessos
– Aumente a oferta de água em diversos pontos da casa para estimular a ingestão
– Se der banho em casa, fique atento à temperatura da água, morna e agradável, e seque muito bem o animal com toalha ou secador. Não deixe que ele se seque sozinho, ao ar livre
– Deixe o ambiente com umidade e temperatura adequadas. Aquecedores acabam deixando o ambiente seco e quente. O ideal é associar um aquecedor com capacidade de umidificar o ar ou ter um umidificador separado. Tome cuidado para não deixar o equipamento ao alcance do animal, pois podem ocorrer queimaduras ou choques elétricos.
– Cheque se a vacinação está em dia; e consulte o veterinário sobre a imunização contra gripe e tosse dos canis
– Roupinhas e sapatinhos devem ser confortáveis; se o animal não tolera o agasalho, não insista. Ofereça outras formas para que ele se aqueça, como cobertores e caminhas
Fonte: Folha