Por Raquel Soldera e Lobo Pasolini (da Redação)
O plenário de Palma, na Espanha, aprovou nesta segunda-feira, 26, uma proposta para que não seja permitida a instalação de circos ou outros espetáculos que utilizem animais selvagens na cidade.
Segundo divulgado no jornal espanhol ABC, Eberhard Grosske, porta-voz do partido Bloc per Palma, defendeu a proposta de declarar a cidade de Palma livre de circos com animais, bem como incluir a necessidade de “ir conquistando espaço na convivência e respeito entre pessoas e animais”.
Catalina Terrassa, do grupo popular, se manifestou de maneira contrária à proposta, dizendo que a legislação de Palma já protege os animais, e observou que é preciso “respeitar a legislação em vigor” e não adotar novas medidas.
Eberhard Grosske rebateu, dizendo que “não é verdade que a legislação em vigor proteja (os animais) do que está acontecendo em circos”.
“Os circos continuam com um formato totalmente ultrapassado e que se choca com os novos valores que devem reger o relacionamento com os animais”, continuou Grosske, que sublinhou a necessidade de “evoluir” e proibir que este tipo de espetáculo se realize em Palma.
Eberhard Grosske disse, ainda, que é necessário “ir conquistando espaços na convivência e respeito entre pessoas e animais.”
Llorenç Palmer, do partido Unió Mallorquina (UM) defendeu a proposta, ressaltando que os animais selvagens devem ser retirados dos circo por ser “uma aberração”, quando os pesquisadores já demonstraram que determinadas espécies não conseguem sobreviver em espaços fechados.
A proposta aprovada nesta segunda-feira torna a cidade de Palma “contrária à exibição de animais selvagens em circos”, e também insta o Parlamento a alterar a Lei de Proteção dos Animais que vivem no ambiente humano.
Palma se tornou a 37ª cidade espanhola a proibir o uso e exibição de animais selvagens e a segunda nas ilhas, que incluem Maiorca, Ibiza, Menorca e Formentera.
A aprovação foi recebida com lágrimas de alegria por Ismael López, coordernador da AnimaNaturalis em Maiorca, que estava com outros 20 ativistas no plenário fazendo pressão para a aprovação da lei.
O plenário também pediu à prefeitura municipal que sejam utilizados todos os meios disponíveis para continuar garantindo a conformidade com as normas vigentes para a proteção dos animais.