Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
A história da justiça social é pontilhada por marcos que marcam o nosso progresso ético como espécie. Temos caminhado coletivamente para nos tornarmos mais inclusivos, tolerantes e compassivos. Por isso, o dia 24 de agosto de 2016 será lembrado como um dia histórico no movimento de proteção animal.
Após horas de debate, o governo de Nova Gales do Sul, na Austrália, aprovou uma lei que proíbe corridas de cães galgos. Os políticos que defenderam a lei argumentaram o óbvio: os lucros não podem justificar tamanha crueldade.
Provocar cães para perseguir coelhos e porcos assustados não é um “treinamento”, é obsceno. Matar milhares de cães saudáveis simplesmente porque eles não podem correr rápido o suficiente não é um “esporte”, é vergonhoso. É fundamental acabar com uma indústria que promove tanta insensibilidade e desrespeito à vida.
O trabalho da organização Animals Australia, que forneceu evidências do uso de iscas animais vivas no adestramento dos cães, resultou na investigação desta indústria terrível e em uma grande vitória para os animais.
Adestradores de cães também foram presos em Queensland e em Victoria, onde foram documentadas práticas brutais semelhantes às de Nova Gales do Sul.
“Isto é muito mais do que uma lei que proíbe um esporte cruel. Esta decisão reflete uma mudança na consciência política. É uma prova irrefutável de que os políticos não apenas reconhecem a crueldade, mas estão preparados para agir com profunda compaixão e preocupação no que se refere ao tratamento dos animais”, declarou o Animals Australia em comunicado.