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COMPAIXÃO

Ciclista dá água a tatu em área de vegetação atingida por queimada em Várzea Paulist (SP)

18 de setembro de 2024
3 min. de leitura
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Foto: Eranildo Martins Gomes/Arquivo Pessoal

Um morador de Várzea Paulista, no interior de São Paulo, encontrou um tatu enquanto andava de bicicleta em uma área de vegetação às margens da Rodovia Edgard Máximo Zambotto (SP-354), entre as cidades de Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista (SP), que foi atingida por um incêndio.

Eranildo Martins Gomes registrou o encontro. Nas imagens, é possível ver quando o ciclista, que caminhava pela área destruída pelo fogo, encontrou o tatu, molhou o corpo do animal e ofereceu água para que ele.

“Essa é para quem pôs fogo na mata, ver isso aqui agora. Bichinho morrendo de sede e de fome. Perdido, sem lar. Pelo menos a sede dessa aqui eu matei”, comenta o ciclista na gravação.

Conforme apurado pela TV TEM, a área onde o tatu foi encontrado é próxima à Serra do Mursa, que foi atingida por um incêndio de grandes proporções que mobilizou equipes durante cinco dias. O vídeo foi gravado no dia 7 de setembro.

Segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo, a queimada na Serra da Mursa, entre Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista (SP), foi extinguida neste domingo (15). Foram mais de 100 horas para combater a as chamas, que começaram na quarta-feira (11).

Um posto de comando monitora a situação no local, que está em fase de rescaldo, necessário para apagar todos os focos remanescentes que possam reacender as chamas.

Ainda não há informações sobre como o incêndio começou, mas a suspeita é de que tenha sido criminoso.

A chuva que atingiu a região da Serra do Mursa na noite deste domingo, ajuda a impedir novos focos de incêndio. Na manhã desta segunda-feira (16), a fumaça ainda saía do pico da serra. Conforme a TV TEM, equipes permanecem fazendo o trabalho de rescaldo no local para evitar que o incêndio recomece.

Vítimas das queimadas

Além do tatu, outros diversos animais sofrem com as queimadas que atingem o interior de São Paulo. Em Andradina (SP), uma anta morreu depois de ficar gravemente ferida durante um incêndio em um canavial.

Segundo os veterinários da Associação Mata Ciliar de Jundiaí (SP), para onde ela foi encaminhada, a fêmea estava no início de uma gestação. Segundo o coordenador de comunicação da associação, Samuel de Oliveira, a situação do animal era “extremamente crítica pela gravidade das queimaduras”.

“O animal ficou com o corpo completamente queimado, sem pelo, com várias lesões, principalmente nas patas”, comentou.

E em Braúna (SP), um tamanduá-bandeira, resgatado com queimaduras no sábado (14), na zona rural, morreu neste domingo (15). O animal foi localizado na região da Aldeia Indígena de Icatu com ferimentos no corpo e nas patas.

Durante a operação “São Paulo Sem Fogo”, os policiais ambientais capturam o tamanduá que foi mais uma vítima dos incêndios na região noroeste de São Paulo. Em seguida, o animal foi encaminhado à Associação Mata Ciliar de Araçatuba (SP), especializada em tratamento de bichos queimados. Apesar dos esforços da equipe veterinária, o tamanduá não resistiu aos ferimentos.

Resgate na Serra do Mursa

Na quinta-feira (12), o helicóptero Águia resgatou três voluntários em um dos picos que fica entre Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Um vídeo registrou o momento do resgate.

Conforme a SSP, as três pessoas prestavam apoio voluntário à equipe do 19º Grupamento de Bombeiros de Jundiaí, que combatia o incêndio na serra. O trio ficou sem rota de fuga e precisou ser resgatado pela aeronave.

Além disso, no sábado (14), a aeronave sobrevoou a área de mata por cerca de oito horas e lançou cerca de 54 mil litros de água para ajudar a controlar o fogo. O equipamento usado nessa tarefa é o “Bambi Bucket”, um tanque capaz de carregar até 500 litros de água por vez.

Fonte: G1

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