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ALEMANHA

Chuva inunda zoológico e animais ficam em recintos molhados e frios em pleno inverno

29 de dezembro de 2023
3 min. de leitura
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Foto: Reprodução

Em pleno inverno, mais de 200 primatas, roedores e suricates tiveram que ser reacomodados em um parque na Baixa Saxônia. A água invadiu até mesmo parte dos estábulos dos animais. As fortes chuvas que têm se abatido sobre partes da Alemanha e fizeram subir o nível dos rios em pleno inverno puseram debaixo d’água nessa quinta-feira (27/12) quase todo o Serengeti Park, zoológico e parque de diversões ao ar livre na Baixa Saxônia, norte do país, e que aprisiona 1.500 animais selvagens.

A água invadiu alguns dos abrigos onde os animais eram mantidos, e funcionários e trabalhadores dos serviços de emergência tentavam criar barragens improvisadas para proteger as áreas que ainda não haviam sido afetadas, informou uma porta-voz do zoológico.

Mais de 200 macacos tiveram que ser reacomodados às pressas em uma área seca do parque, juntamente com alguns lêmures, cães-da-pradaria e suricates.

O Serengeti Park, ao norte de Hanôver, fica perto do rio Meisse, que transbordou após vários dias de chuvas intensas durante as férias de Natal, que afetaram várias partes do leste e norte do país.

O zoológico tem uma área de 220 hectares – o equivalente a cerca de 310 campos de futebol. Segundo a administração do parque, cerca de um terço disso está debaixo d’água.

A inundação ocorreu durante a pausa de inverno do parque, quando as instalações ficam fechadas ao público.

Animais maiores permanecem no local apesar de estábulos parcialmente inundados

A situação estava especialmente ruim na quinta-feira em uma área do parque que abriga antílopes e girafas, além de alguns chalés para hóspedes. Embora a água já tivesse chegado aos estábulos, o parque afirmou que não planejava mover esses animais.

“No momento, a água ainda está abaixo do topo de seus cascos. Podemos absorver isso com palha”, disse a porta-voz Asta Knoth à agência de notícias dpa.

Segundo Knoth, esses mamíferos maiores só seriam realocados se a situação piorar consideravelmente.

“Você tem que pensar muito antes de mover uma girafa”, disse ela. “Não é algo livre de riscos.”

O parque teve que cortar temporariamente a eletricidade e recorrer a geradores de emergência para aquecer os estábulos e provê-los com água potável – algo imprescindível para a saúde e o bem-estar de animais exóticos como elefantes, leões e girafas que vivem ali e não estão acostumados às baixas temperaturas.

Fonte: UOL

Nota da Redação: o recente incidente de inundação no zoológico de animais exóticos na Alemanha levanta sérias questões sobre a ética do aprisionamento de animais em zoos. A tragédia expõe a vulnerabilidade dos animais confinados, submetidos a condições que estão longe de serem naturais. O episódio evidencia como o cativeiro, muitas vezes justificado sob o pretexto da conservação, pode, na verdade, colocar em risco a vida e o bem-estar dos animais.

A inundação no zoológico é mais do que um desastre natural; é uma crítica inegável ao confinamento de animais para entretenimento humano. Zoos que exploram espécies exóticas muitas vezes não conseguem fornecer ambientes adequados e seguros, como demonstra claramente este trágico evento na Alemanha. É imperativo repensar e reavaliar o papel dessas instituições, buscando alternativas mais éticas que priorizem o respeito à natureza e o bem-estar dos animais.

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