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Mais um chimpanzé do Líbano é transferido para Santuário de Grandes Primatas no Brasil

14 de julho de 2014
2 min. de leitura
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Charlie no zoológico em que vivia (Foto: Animals Lebanon)
Charlie no zoológico em que vivia (Foto: Animals Lebanon)

Charlie, um chimpanzé de nove anos de idade que vivia em um zoológico no Líbano, chegou na sexta-feira (11) ao Santuário do GAP do Paraná, mantido pelo Instituto Conservacionista Anami. Charlie é o terceiro chimpanzé que vem do Líbano para o Brasil – Omega e Bico foram para o mesmo santuário em 2011 e 2012, respectivamente – e, segundo a ONG Animals Lebanon, era o último que vivia em cativeiro no país.

Como os outros dois chimpanzés, Charlie foi resgatado pela Animals Lebanon. Seu caso teve vários percalços jurídicos e a ONG trabalhou durante oito anos para libertá-lo da vida em um cubículo de zoológico. “Charlie teve uma vida miserável, sendo tirado a força de sua mãe assassinada na floresta, contrabandeado da África para o Oriente Médio, exibido numa pet shop e depois trancafiado no zoológico, sem nunca ter visto outro chimpanzé”, diz Jason Mier, diretor executivo da ONG, que viu Charlie pela primeira vez com menos de um ano de idade e desde então luta pela sua liberdade.

Charlie durante a viagem (Foto: Animals Lebanon e Projeto GAP)
Charlie durante a viagem (Foto: Animals Lebanon e Projeto GAP)

Depois de um período de quarentena no santuário, Charlie será integrado com um grupo de chimpanzés. “Sua vida será muito melhor assim que ele chegar ao santuário e conviver com um grupo, com outros da sua espécie”, conclui Jason.

Qualidade de vida em cativeiro

O Santuário do Paraná é um dos quatro santuários de grandes primatas afiliados ao GAP no Brasil. Em consonância com as ideias do projeto, sua missão é oferecer abrigo a chimpanzés que foram explorados e oferecer a eles todos os recursos e cuidados necessários visando sua qualidade de vida em sistema de cativeiro.

A transferência de Charlie, como de outros chimpanzés que vieram de fora do Brasil, é uma operação complexa que está seguindo todos os procedimentos legais em relação à importação de grandes primatas. O objetivo é assegurar a segurança do chimpanzé e da viagem e garantir sua adaptação às instalações do santuário. Esta transferência também demonstra a importância de parcerias entre países de diferentes continentes no trabalho de defesa dos direitos dos grandes primatas.

Fonte: Projeto GAP

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