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Chile cria lei para proteger tubarões da indústria de barbatanas

12 de abril de 2011
2 min. de leitura
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Por Soraya Machado  (da Redação- Chile)

Essa iniciativa visa terminar com o finning, que consiste em cortar as barbatanas dos tubarões e jogar a carcaça no mar.

Foto: Reprodução

No Chile existem  53 tipos de tubarões, os mais comuns são o Azulejo (Prionace glauca) o Anequim (Isurus oxyrinchus), Tubarão Sardinha (Lamma nasus), o Tubarão de Galápagos (Carcharhinus galapagensis), o Tubarão Martelo (Sphyrna zygaena), o Tubarão Raposa (Alopias vulpinus), o Tubarão de chifres, o Malhado, entre outros.

“O Chile tem uma riqueza significativa em ecossistemas marinhos por isso é muito fácil para os tubarões encontrar comida aqui”, disse Maximiliano Bello, coordenador latino-americano da organização Pew Environment Group.

De acordo com o jornal La Tercera o motivo dessa prática brutal é a comercialização das barbatanas que vão principalmente para a Ásia. Segundo informado pelo Serviço Nacional das Alfândegas, entre 2006 e 2009 o Chile exportou mais de 71 toneladas de barbatanas de tubarão de oito espécies diferentes, para centenas de restaurantes na China, Taiwan, Tailândia, Malásia, Vietnã, Hong Kong e outros países que se especializam neste prato, considerado um luxo que sao servidos em casamentos e banquetes. A sopa de barbatana de tubarão custa entre 100 e 200 dólares nos mercados asiáticos.

Mas isso está prestes a chegar a um fim.

Lei abre concessões perigosas

No Senado se discute uma legislação que estabelece normas para a conservação da biodiversidade dos tubarões, mas ainda permitirá o uso dito “sustentável” das espécies no longo prazo tão nocivo e cruel quanto o uso “normal”.

A lei se move rapidamente. O senador Antonio Horvath, presidente da Comissão das Pescas, comentou que essa lei poderá vir à luz antes de 21 de maio de 2011.

Segundo especialistas, em muitas partes do mundo essas práticas levam a um desequilíbrio entre as espécies, especialmente na Ásia, onde já existem espécies desaparecendo. “Isso também cria problemas para os seres humanos porque alteraram os ecossistemas onde ele vive”, conclui.

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