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Chifres de rinocerontes são envenenados e pintados de rosa para manter caçadores longe

11 de junho de 2013
5 min. de leitura
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Por Claudia Doppler (da Redação)

Uma reserva natural sul-africana tomou a medida radical de envenenar chifres de rinocerontes a fim de que pessoas corram o risco de ficar doentes se os consumirem. As informações são do Daily Mail.

A administração da reserva natural Dinokeng, em Gauteng, declarou que tem injetado uma mistura de antiparasitários e uma tinta rosa que não pode ser apagada, para manter os caçadores de rinocerontes à distância.

Nenhum rinoceronte foi morto em Dinokeng desde sua abertura, em setembro de 2011.

Estas imagens incríveis mostram a drástica distância que veterinários estão dispostos a percorrer para proteger rinocerontes de caçadores, pintando seus chifres de rosa. (Foto: Daily Mail)
Estas imagens incríveis mostram a drástica distância que veterinários estão dispostos a percorrer para proteger rinocerontes de caçadores, pintando seus chifres de rosa. (Foto: Daily Mail)
Veterinários da Wildlife Assignments International – empresa especializada no cuidado de animais selvagens - e da reserva Dinokeng, em Pretória, África do Sul, injetando tinta rosa e veneno parasitário nos chifres dos animais a fim de deter seus predadores. (Foto: Daily Mail)
Veterinários da Wildlife Assignments International – empresa especializada no cuidado de animais selvagens – e da reserva Dinokeng, em Pretória, África do Sul, injetando tinta rosa e veneno parasitário nos chifres dos animais a fim de deter seus predadores. (Foto: Daily Mail)
A tinta pode ser detectada por scanners em aeroportos, mesmo quando o chifre foi transformado em pó. (Foto: Daily Mail)
A tinta pode ser detectada por scanners em aeroportos, mesmo quando o chifre foi transformado em pó. (Foto: Daily Mail)

Mas, em outro local, mais de 200 rinocerontes foram mortos este ano na África do Sul, fato provocado pela demanda do Oriente, onde pó de chifre de rinoceronte é visto como uma iguaria ou usado na medicina tradicional.

“A tinta é rosa, a mesma usada para marcar cédulas de dinheiro, e isto para fazer com que o chifre de rinoceronte seja identificável”, disse Adri van der Veer, presidente da Associação dos Latifundiários de Dinokeng.

A técnica foi desenvolvida por Charles van Niekerk, veterinário e latifundiário de Dinokeng.

“Como medida adicional de segurança, um microchip também será colocado no chifre do animal a fim de traçar seus movimentos.”

 Sabi Sand disse que injetou uma mistura de antiparasitário e tinta rosa que não apaga em mais de 100 chifres de rinocerontes nos últimos 18 meses. (Foto: Daily Mail)

Sabi Sand disse que injetou uma mistura de antiparasitário e tinta rosa que não apaga em mais de 100 chifres de rinocerontes nos últimos 18 meses. (Foto: Daily Mail)
 Um aluno da Escola Católica Primária São Camilo, Amogalang Morudu, toca um rinoceronte na reserva Dinokeng, em Pretória, África do Sul. (Foto: Daily Mail)

Um aluno da Escola Católica Primária São Camilo, Amogalang Morudu, toca um rinoceronte na reserva Dinokeng, em Pretória, África do Sul. (Foto: Daily Mail)
O processo de “intoxicação” envolve tranquilizar um rinoceronte, perfurar seu chifre e então injetar a tinta e o antiparasitário. (Foto: Daily Mail)
O processo de “intoxicação” envolve tranquilizar um rinoceronte, perfurar seu chifre e então injetar a tinta e o antiparasitário. (Foto: Daily Mail)

“As pessoas que estão realizando a operação para nós atualmente aplicaram o processo em mais de 200 rinocerontes nos últimos anos, e nenhum deles foi abatido”, disse Van deer Veer.

O programa, entretanto, não é barato, mas autoridades estão tão confiantes que atrairão mais patrocinadores para o projeto e já estão pensando em expandir a reserva em 40 hectares no próximo ano.

Enquanto a administração da reserva natural Dinokeng se recusa a dizer quantos rinocerontes há no parque, este é o primeiro lugar na província de Gauteng onde os “Cinco Grandes” – leão, leopardo, elefante, búfalo e rinoceronte – podem vagar livremente.

 O governo disse, em abril, que 203 rinocerontes foram mortos por caçadores este ano, incluindo 145 no parque Krueger. (Foto: Daily Mail)

O governo disse, em abril, que 203 rinocerontes foram mortos por caçadores este ano, incluindo 145 no parque Krueger. (Foto: Daily Mail)
Apesar de todas as intervenções da polícia, a contagem de corpos continua a crescer. (Foto: Daily Mail)
Apesar de todas as intervenções da polícia, a contagem de corpos continua a crescer. (Foto: Daily Mail)
Protegido: Rinoceronte na reserva natural Dinokeng, em Pretória, África do Sul, em 2 de junho. (Foto: Daily Mail)
Protegido: Rinoceronte na reserva natural Dinokeng, em Pretória, África do Sul, em 2 de junho. (Foto: Daily Mail)

O processo de “intoxicação” consiste em tranquilizar o rinoceronte, perfurar seu chifre e, então, injetar a tinta e o antiparasitário.

A substância é usada, normalmente, para controlar carrapatos em animais como cavalos, gado e ovelhas, e é tóxica para humanos. Qualquer um que consumi-la corre o risco de sofrer náuseas, dor de estômago e diarreia.

A tinta pode ser detectada por scanners em aeroportos, mesmo quando o chifre foi transformado em pó.

A South Africa National Parks (SANParks), que é a responsável pela gestão dos parques nacionais sul-africanos, tem apoiado a iniciativa, mas o porta-voz  Ike Phaala admitiu que poderia ser “virtualmente impossível” aplicar o processo em todos os rinocerontes dos parques nacionais devido à falta de recursos.

O governo disse, em abril, que 203 rinocerontes foram mortos por caçadores em 2013, incluindo 145 no parque Krueger. Sessenta supostos caçadores foram presos.

Ação drástica: Um rinoceronte é injetado com veneno para salvar a espécie de caçadores. (Foto: Daily Mail)
Ação drástica: Um rinoceronte é injetado com veneno para salvar a espécie de caçadores. (Foto: Daily Mail)

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