“Nossa equipe registrou uma faixa de 2 quilômetros de espécies mortas ou que estão na superfície em busca de oxigênio”, relatou o capitão. “A decoada está surpreendendo. Geralmente durante apenas três dias”, completa.
Entre as espécies mortas, é possível identificar algumas como armal, jaú, dourado, pintado, cachorra e arraias. O major da PMA de Corumbá acredita que mais peixes ainda devam morrer com a cheia na região.
Agora, a preocupação da corporação é a pesca, já que as espécies estão vulneráveis. Os policiais têm realizado fiscalizações constantes, pois, com os peixes na superfície, os pescadores tendem a descumprir a legislação ambiental.
Exemplares de arraia foram encontrados mortos com a decoada. Desde que foi registrada a morte de peixes pela decoada, a PMA autuou 15 pessoas. O valor das multas aplicado até agora somou R$ 16,2 mil.
Além disso, segundo balanço divulgado pela Polícia, foram apreendidos 283 quilos de pescados das espécies pacu, pintado, cachara, jaú e barbado; oito barcos de alumínio; nove motores de popa; dois barcos de madeira; um veículo; seis varas de bambu com garatéias (três anzóis fixados um no outro) e três varas de bambu com arpões.
No fim de janeiro, cerca de mil toneladas de peixes morreram por conta da decoada no Rio Negro, em Aquidauana.
O fenômeno é comum na região do Pantanal. Na decoada, a vegetação local entra em decomposição na seca. Com a chegada da cheia, esse material orgânico, junto com a água em alta temperatura, contribui para diminuir o oxigênio, forçando os peixes a subir à superfície.
Fonte: Anastácio Notícias