Mesmo em áreas pouco modificadas pela urbanização, já é possível encontrar registros da intervenção humana no planeta. Um estudo conduzido na USP identificou a presença de césio-137 em sedimentos da planície fluvial do Rio Ribeira de Iguape, no interior de São Paulo, um radionuclídeo liberado na atmosfera durante testes nucleares realizados entre as décadas de 1950 e 1980.
Esses vestígios funcionam como marcadores temporais associados ao Antropoceno, período caracterizado pela influência humana sobre os processos terrestres e cuja definição oficial ainda é tema de debate científico.
O material detectado no Ribeira de Iguape não tem relação com o acidente radiológico de Goiânia (1987) e aparece em concentrações muito baixas, sem risco à saúde, segundo o estudo.