Por Giovanna Chinellato (da Redação)
Em média, 15 cavalos morrem por semana por causa de ferimentos nas pistas de corridas dos Estados Unidos e Canadá. Os dados, divulgados pelo Jockey Club, são resultado de um estudo feito pelo Dr. Tim Parkin, veterinário e epidemiologista da Universidade de Glasgow, que pretendia analisar os fatores que levam a acidentes e mortes nas corridas.
A informação foi coletada durante um ano, começando em novembro de 2008, e foram submetidas 73 pistas de corrida, avaliando 378.864 corridas. Os resultados mostraram que os cavalos morrem em cerca de 2,04 largadas, de cada 1.000. Mas o estudo contou apenas os ferimentos de cavalos que estavam correndo; acidentes fatais durante os treinamentos e cavalos mortos em outros “esportes” não foram considerados.
Depois do incidente com Barbaro no Preakness Stakes e sua morte alguns meses depois, e a morte de Eight Belles no Kentucky Derby, em que ela quebrou os dois tornozelos, começou-se a investigar as razões para tragédias tão devastadoras. A primeira motivação do estudo era analisar a diferença, em termos de segurança, de pistas sintéticas versus de areia, e o impacto de medicamentos na taxa de mortes dos cavalos.
Os testes realizados na Califórnia revelaram que o risco de quedas em pistas sintéticas é reduzido em 40%, em comparação com as pistas de areia, conforme reportado por Richard Arthur, médico de equinos e diretor da California Horse Racing Board.
Arthur Hancock, dono da fazenda Stone no Kentucky, também quer ver mudanças nas pistas de corrida. “Cavalos deveriam correr por habilidades naturais, não por reação de drogas químicas. Se isso chegar a acontecer, provavelmente o número de machucados há de diminuir”, Hancock diz.
Muitas pessoas acreditam que cavalos são criados para adquirir velocidade, e potros iniciando nas corridas jovens demais contribuem com as mortes. Na Europa, onde há menos corridas e regras mais severas em relação a medicamentos, as fatalidades equinas são bem menores.
O fato é que as corridas de cavalos simplesmente não deveriam ocorrer. Não se justifica a exploração dos animais em detrimento do prazer e da ganância dos seres humanos.
Com informações de Examiner