Centros de reabilitação de vida selvagem de estão alertando sobre o crescente número de filhotes órfãos devido à atividade humana.
Com o aumento das temperaturas, os animais selvagens de Ontário. Canadá, ficam mais ativos, e muitas espécies — especialmente guaxinins, esquilos e gambás — buscam locais seguros e quentes para criar seus filhotes.
Infelizmente, sótãos, galpões, chaminés e outras estruturas tranquilas são alvos frequentes. Quando moradores, sem saber, expulsam a mãe desses espaços, seus filhotes muitas vezes são deixados para trás, com frio, fome e desamparados.
“Se os filhotes forem encontrados rapidamente, podem ser levados ao centro de reabilitação para cuidados e posterior soltura”, diz Debra Spilar, diretora-executiva do Procyon Wildlife. “Mas, todos os anos, atingimos a capacidade máxima em semanas e somos forçados a tomar decisões difíceis sobre quais animais podemos ajudar. A verdade é que muitos desses órfãos poderiam ser evitados.”
Por isso, o Procyon Wildlife, junto com outros sete centros de reabilitação de vida selvagem em Ontário, está lançando uma iniciativa coordenada para conscientizar a população sobre formas humanizadas de coexistir com a vida selvagem, especialmente durante a temporada de ninhos.
“Todos os animais selvagens desempenham um papel vital na manutenção de ecossistemas saudáveis”, acrescenta Spilar. “Pedimos ao público que aja com compaixão e entendimento para que os filhotes não percam suas mães no processo.”
O problema da captura e realocação
Muitos acreditam que usar armadilhas vivas é uma solução humanitária, mas a realidade é bem diferente. Animais capturados sofrem ferimentos, estresse extremo e ficam vulneráveis a variações de temperatura enquanto presos.
Se realocados, geralmente são separados de seus filhotes e colocados em ambientes desconhecidos, sem alimento, abrigo ou familiaridade com a área, resultando em altas taxas de mortalidade.
Na verdade, a Lei de Conservação da Vida Selvagem e Pesca de Ontário proíbe a realocação de animais a mais de um quilômetro do local de captura. Apesar disso, muitos tentam voltar ao seu território original e aos seus filhotes, colocando a si mesmos e outros em risco.
Uma abordagem mais inteligente e compassiva
Moradores são incentivados a adotar estratégias humanizadas para evitar conflitos e o abandono de filhotes.
- Aguarde: se houver filhotes, permita que a mãe cuide deles até que estejam prontos para partir, normalmente entre 8 a 10 semanas. Para confirmar se todos saíram, coloque um papel toalha amassado na entrada do ninho. Se permanecer intocado por 48 horas, provavelmente já se mudaram.
- Incentive a mudança de forma humana: torne o local indesejável colocando um rádio com voz (não música), instalando uma luz não inflamável perto do ninho ou usando odores fortes, como panos embebidos em vinagre em sacos plásticos ventilados. Esses incômodos sutis, mas persistentes, costumam fazer a mãe realocar os filhotes sozinha, geralmente para um de seus ninhos alternativos.
- Consulte profissionais especializados: se estiver em dúvida, procure uma empresa de controle de vida selvagem que use técnicas humanizadas, como inspeção completa da propriedade, identificação da mãe e filhotes, portas de saída unidirecionais e caixas de reunião aquecidas para garantir a realocação segura da família. Evite empresas que capturem e realoquem animais, não é o melhor para eles.
- Não deixe a casa atrativa para animais selvagens: A prevenção é essencial. Armazene o lixo com segurança, instale telas em chaminés e ralos, e inspecione regularmente sua casa em busca de possíveis acessos.