Em Joinville, no Norte de Santa Catarina, o número de cães e gatos abandonados vem crescendo em ritmo mais rápido que a capacidade de atendimento. Prova disso é que o Cbea (Centro de Bem-estar Animal de Joinville), que recolhe os animais em situação de rua da cidade, está superlotado. Segundo a gerente do local, Daiane Mebs, só são atendidos animais resgatados e que foram atropelados, maltratados, que estão doentes. No Cbea, cerca de 350 procedimentos são realizados por mês, incluindo exames, fisioterapias e internações, o número é insuficiente para atender a necessidade do município.
Lares temporários
Com a superlotação, moradores que querem um destino melhor para cães e gatos sem lar se viram como podem. Dulce Amaral Bento, por exemplo, acaba acolhendo animais com frequência, mas não tem condição de cuidar e de adotá-los. O pit bull dela, o Zeus, foi um presente da rua. O animal estava abandonado e machucado quando foi socorrido.
Mesmo sem muitas condições, a moradora doou muito amor. Agora, ele faz parte da família, Zeus não é o único, o resgate mais recente foi de um gatinho, que carinhosamente tem sido chamado de Luiz. Apesar da vontade de que se recupere logo das lesões no rabo e na cova, ela não tem condições financeiras de manter o tratamento dele ou oferecer um lar permanente. Trabalhando acima do limite de capacidade, no entanto, recebeu uma negativa da instituição.
Do lado de fora do Cbea, algumas mudanças, profissionais trabalham para construir uma nova estrutura física. A ordem de serviço, assinada em março deste ano, prevê um investimento de R$ 1.300 milhão. A expectativa é de que a expansão esteja pronta em Julho do ano que vem.