Seis milhafres-pretos, uma galinha-d’água e três mochos-galegos vão ser devolvidos à natureza amanhã em cinco concelhos da região Centro de Portugal, depois de terem passado uma temporada no Centro de Recuperação de Animais Selvagens em Gouveia.
Os milhafres-pretos (Milvus migrans) serão devolvidos à natureza em Santa Comba Dão, Mata Nacional do Choupal (Coimbra), Couvelha (Anadia) e Fermentelos (Águeda). Cinco destas aves foram encontradas depois de terem caído do ninho e uma outra terá sofrido um “trauma de origem desconhecida”, conta o CERVAS (Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens), em comunicado. As aves foram recolhidas pelo SEPNA-GNR de Anadia e encaminhadas para o Centro pelos Vigilantes da Natureza da Reserva Natural do Paúl de Arzila.
A maioria dos milhafres não tinha lesões e a sua “recuperação, além de uma alimentação adequada, passou pela diminuição, ao mínimo indispensável, do contato com humanos”, explica o CERVAS. Os animais também estiveram em contato com indivíduos “da mesma espécie, a fim de adquirir alguns dos comportamentos específicos da espécie. Posteriormente realizou treinos de voo e caça”.
Os mochos-galegos (Athene noctua) serão libertados em Sangalhos (Anadia) e Oliveira do Bairro e a galinha-d’água em Fermentelos (Águeda). As três aves caíram dos ninhos e foram encontradas por moradores, não apresentando lesões. Uma vez no centro, foram alimentados e treinados para voar e caçar.
A galinha-d’água (Gallinula chloropus) foi encontrada por um morador depois de ter caído do ninho. “No momento do seu ingresso não apresentava nenhuma lesão, mas aparentava alguma dificuldade em manter-se de pé, pelo que devia estar desnutrida. O seu processo de recuperação passou por uma alimentação adequada, e por treinos de voo”, explica o centro.
Agora, os dez animais serão devolvidos “aos seus habitats em locais adequados aos requisitos ecológicos destas espécies”. Com estas ações de devolução, abertas ao público em geral, os técnicos querem “sensibilizar as populações para a importância destes animais e para o trabalho realizado pelos centros de recuperação de fauna selvagem”.
Fonte: Ecosfera
