O Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens da Ria Formosa, sediado na Quinta de Marim, em Olhão, Portugal, vai libertou crias de cágado-de-carapaça-estriada em Almancil (Loulé).
Trata-se de uma ação inserida no âmbito do projeto ‘LIFE Cágados’, iniciado em 2011 com o objetivo de salvar aquela espécie ameaçada de extinção em Portugal.
Desde então, nasceram já 73 crias de diferentes posturas desta espécie nas instalações do RIAS e 13 no Parque Biológico de Gaia, aumentando assim a esperança de fortalecer as populações em declínio desta espécie.
As fêmeas grávidas foram resgatadas nas quatro áreas de atuação do projeto na Ria Formosa, no âmbito das ações de resgate de tartarugas da Flórida, uma espécie exótica invasora estabelecida recentemente em Portugal.
Após a confirmação das posturas em instalações desenvolvidas para esse fim, as fêmeas foram devolvidas à natureza nos mesmos locais onde haviam sido capturadas.
Estes nascimentos em cativeiro têm como objetivos aumentar a reduzida taxa de sobrevivência dos animais nos primeiros anos de vida e reforçar as populações selvagens desta espécie. Os resultados obtidos representam já o equivalente a um acréscimo de cerca de um terço da população total existente nas lagoas abrangidas pelo projeto.
Os indivíduos nascidos foram mantidos em cativeiro durante dois anos, de forma a evitar a fase mais crítica de sobrevivência na natureza e minimizar o perigo de predação a que estes animais estão sujeitos. A libertação dos primeiros 40 indivíduos nascidos em cativeiro decorrerá pela primeira vez em Portugal, nesta semana, nas lagoas de onde os progenitores foram provenientes (Lagoa de São Lourenço, Quinta do Lago Sul, Dunas Douradas e Garrão), todas situadas em Almancil, Loulé.
A libertação dos primeiros animais decorrerá na Lagoa de São Lourenço, junto ao observatório de aves.
Fonte: Diário Oline