EnglishEspañolPortuguês

Proteção

Centro de reabilitação simula presença materna para aquecer filhotes órfãos

24 de julho de 2021
Redação - Beatriz Lisanti
2 min. de leitura
A-
A+

Com a chegada do frio, a proteção dos animais resgatados contra a baixa temperatura no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) vira prioridade. Garantir o conforto térmico e o bem-estar dos animais silvestres é a operação mais importante no momento.

Aline Duarte, coordenadora do CRAS, explicou para o jornal Campo Grande News que atualmente 250 animais estão abrigados para reabilitação. Pelo menos 20 deles são filhotes que precisam de cuidados extras, por isso ficam separados em uma sala com aquecedores para mantê-los expostos a temperaturas amenas.

Foto: Kísie Ainoã

O biólogo Allyson Fávero explicou que no momento de temperaturas mais baixas, os aquecedores ficam no máximo, o que permite uma temperatura próxima dos trinta graus. Em noites mais quentes, com exceção do verão, a temperatura fica entre 20 e 25 graus.

Os filhotes abrigados no CRAS ficam no berçário, Allyson Fávero explicou que em sua maioria são animais órfãos que perderam as mães por atropelamento ou alguma outra razão. No caso dos tamanduás, além do ambiente aquecido, cada filhote recebe cobertores e ursinhos de pelúcia para enfrentar o frio.

Segundo Aline Duarte, isso é necessário porque na natureza eles chegam a ficar de 10 meses a um ano agarrados à mãe e com os bichinhos de pelúcia tentam reproduzir a presença materna. O CRAS tem parceria com o Instituto Tamanduá, e com a ajuda deles, mantêm os filhotes até que eles cresçam o suficiente para que possam ir para fora.

Foto: Kísie Ainoã

O tamanduá mais novo tem cerca de dois meses de vida, e como conta a médica veterinária Fernanda Cristina Jacoby, todos os filhotes já foram apelidados pela equipe: Trovão, Tungá, Tinoco e Flora.

Os cuidados especiais não são exclusivos do berçário, os animais adultos também têm tratamento especial no inverno. Para os pássaros adultos, Aline Duarte explicou que é providenciado um corta ventos de lona para simular o instinto natural das aves de se esconderem do vento no topo de árvores ou em qualquer outro abrigo.

A manutenção das lonas é realizada semanalmente enquanto durar o frio e são retiradas dois ou três dias depois que as temperaturas começam a subir para que os animais possam acostumar-se ao ambiente natural. Para não ser surpreendido com a temperatura, Aline afirmou que a equipe do CRAS fica sempre de olho na previsão do tempo.

Você viu?

Ir para o topo