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DESESPERADOR

Centenas de peixes agonizam em meio à seca em baía inundável no Pantanal de MS

Registro foi feito por pesquisadora em uma área inundável do rio Paraguai, no Porto Amolar, na região de Corumbá (MS); região é castigada por seca extrema e incêndios no Pantanal.

25 de junho de 2024
Thais Libni, Felipe Ribeiro, g1 MS
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução

Em meio à seca e ao fogo que atingem o Pantanal de Mato Grosso do Sul, uma baía inundável próximo ao rio Paraguai, principal bacia do bioma, se transformou em um imenso lamaçal, em que centenas de peixes morreram agonizando.

As imagens foram feitas pela pesquisadora da ONG Ecoa Edilaine Arruda, na última quinta-feira (20). O local onde o registro foi feito é uma área inundável no Porto Amolar, na região de Corumbá (MS), que secou. No vídeo é possível ver centenas de peixes agonizando.

De acordo com diretor de programas e projetos do Ecoa, André Luiz Siqueira, neste ano, por causa do baixo nível do rio, essas áreas inundáveis secaram, o que causou a morte dos peixes.

“Esse registro é o presságio em relação de tudo que estamos falando sobre o pantanal. As baias secarem faz parte do ciclo, mas isso aconteceu bem mais cedo do que deveria acontecer, e estamos falando de uma das regiões mais alagadas do pantanal, isso não é normal”, explica o pesquisador.

Novos dados científicos revelaram que o Pantanal, que é a maior planície alagada do mundo, tem se tornado um ambiente cada vez mais seco, um cenário propício para a propagação de focos de incêndio.

Um levantamento do Mapbiomas, que será divulgado nesta semana, aponta que quase 60% do Pantanal foi atingido pelo fogo nos últimos 38 anos. Em 2023, a área alagada ficou 61% abaixo da média histórica.

O poder de destruição das chamas aumenta com a falta de chuvas que atinge a região, e a última grande cheia no Pantanal foi há seis anos.

Fonte: g1 MS

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