Por Camila Arvoredo (da Redação)
Depois de receber evidências da PETA, obtidas por meio de uma investigação secreta realizada no Santuário de Animais “Sacred Vision” (SVAS), o juiz Bradley Mayers ordenou a remoção de todos os animais do “abrigo”. Aproximadamente 240 gatos e um cão com artrite foram retirados da tutela de Elizabeth Owen, através de um mandado do juiz do condado de Horry. Todavia, depois que o advogado de Owen afirmou ao juiz que 30 dos gatos e o cachorro estavam sob tutela privada de Owen, o juiz concordou que esses pobres animais voltassem à tutela da mulher.
Cerca da metade dos gatos retirados estava em completa miséria, o que foi demonstrado pelas condições de saúde desses seres: herpes, larvas anais, vermes anelados, tumores, derrames, múltiplos abscessos abdominais, patas quebradas e feridas, doenças variadas e falta de dentes. E mais: todas as coisas que causavam dor e desconforto estavam presentes, sendo que isso não ocorreu do dia para a noite. Estes gatos estavam definhando sem nenhuma qualidade de vida. Para eles, a morte era apenas a libertação de uma péssima vida de confinamento, estresse e dor.
Os 101 gatos que permaneceram no abrigo também estão doentes. O condado está providenciando cuidado veterinário. Não há sinais de que potenciais adotantes venham ao santuário, o qual fica escondido atrás de uma igreja, numa área industrial e não ventilada, cheia de pilhas de caixotes e carretas. Alguns dos gatos do SVAS passaram por estas condições desprezíveis por meses, muitos já estavam confinados por anos.
A maioria dos gatos é mantida presa em gaiolas de metal, sendo que a maioria contém de dois a quatro gatos. Somente uma caixa de areia é providenciada por gaiola e os gatos – os quais são naturalmente limpos – não tâm nenhuma maneira de escapar da visão e do cheiro das pilhas de fezes e urina. Os gatos engaiolados foram impedidos de ter tudo o que naturalmente é importante para eles – eles não têm uma local para se alongar ou andar, explorar ou se exercitar.
Correr atrás de caixas de areia e comida é uma ocorrência comum no SVAS, cuja gerente, Elizabeh Owen, não emprega nenhum outro responsável. Owen não faz muita coisa e se faz alguma coisa, cuida ou limpa, perdendo a maior parte de seu tempo em sua loja de conveniência que fica ao lado. Owen geralmente esconde os gatos, os quais estão visivelmente doentes ou machucados e precisando de cuidados veterinários.
Nos últimos meses, os investigadores da PETA documentaram os problemas de Owen para providenciar cuidados veterinários aos numerosos animais doentes ou machucados, os quais acabavam por sofrer mortes agonizantes. Um voluntário da SVAS disse ao investigador da PETA que em todos esses anos, ela já enterrou ao menos 100 gatos que morreram no local.
A PETA reportou o caso primeiramente às autoridades da lei, em julho de 2010, tempo em que a organização se assegurou que Owen iria fechar, assim que todos os gatos fossem adotados. Entretanto, Owen não fez nenhum esforço para encontrar casas para os animais (ela não colocou nenhum cartaz nas ruas para indicar que os gatos precisavam de lares), escolhendo, ao invés disso, manter os gatos literalmente “estocados” e privados de qualquer qualidade de vida.
Em setembro, Owen foi indiciada por violação de bem-estar animal, depois que a PETA mostrou as condições dos animais aos oficiais. Nenhum dos gatos, entretanto, foi libertado, fazendo com que eles sofressem dia após dia. Recentemente, Owen, que mostrou indicações de apresentar a doença mental de acumulação de animais de companhia, rejeitou uma oferta de cuidados veterinários gratuitos e oportunidades de adoção para os gatos, ato que deveria ser parte do acordo que lhe foi apresentado.
Para quem puder, mande um e-mail para o procurador Greg Hembree, para o endereço: [email protected]. Graças a ele, o processo de libertação dos animais está se encaminhando. Faça-o saber que ele tem o seu apoio na promoção de queixas contra a crueldade praticada por Owen aos animais.