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Centenas de animais são vítimas de choques elétricos na Costa Rica

13 de novembro de 2013
3 min. de leitura
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Por Simone Gil Mondavi (da Redação – Argentina)

Foto: Javier Acuña
Foto: Javier Acuña

Um centro de resgate animal na Lima, na Costa Rica, informou que até agora foram reportados 73 animais atendidos em 2013. As espécies mais vulneráveis ​​a eletrocussão são macacos, preguiças, quase todos os tipos de aves e gatos-maracajás, e outros felinos. As informações são da Nación.

De acordo com o Centro de Resgate Jaguar, localizado em Puerto Viejo de Limon, semanalmente são recebidos animais que sofreram um choque, em estado de saúde grave.

Até agosto do ano passado, as associações atenderam 73 animais silvestres com queimaduras, mutilações e lesões causadas por choque elétrico. As maiorias deles não conseguiram se recuperar e morreram.

O problema não é exclusivo da região do caribe do país, o centro de Resgate Nosara, na Guanacaste, também relataram mais de 100 casos de animais afetados até agora este ano, mas esses números não incluem os animais que morrem no local.

“Este é um massacre. Esqueça a caça, mais animais estão morrendo por electrocussão que pela caça”, lamentou Sandro Alviani, herpetólogo e diretor do centro de Resgate Jaguar de Limón.

O especialista acredita que as ações ainda são poucas da parte do Instituto de Eletricidade da Costa Rica (ICE) para reverter a situação ou minimizar os danos ambientais. “Por exemplo, um macaco que morre não é apenas um macaco menos”, disse.

“Se o macaco era o líder da matilha, por exemplo, que irá causar um desequilíbrio significativo. O grupo pode arruinar-se e deixarão de fornecer proteção para as fêmeas”, adicionou o diretor.

Brenda Bombard, diretora do centro de resgate Nosara, reconhece que tem notado um interesse crescente do ICE nos últimos anos para agir contra o problema, mas sugere que pode ser feito ainda mais.

Erl Junier diretor da Área de Conservação da Vida Silvestre Amistad-Caribe, se limitou a afirmar que conhece a situação e está coordenando com a ICE para fazer as melhorias necessárias .

Defesa

Vladimir Perez, gestor ambiental do ICE na região do Atlântico, rejeitou as críticas e defendeu o progresso da instituição que tem sido realizado desde 2009. Segundo Perez, a instituição precisa de tempo para conseguir todas as ferramentas necessárias.

O funcionário disse que na província de Limón, há 70 quilômetros de cabos semi-isolados, mas não pôde especificar os lugares. Este tipo de cabeamento ajuda a evitar acidentes com animais.

O funcionário também assegurou que estão colocando uma espécie de cones de plástico nos postes com transformadores para que os animais não consigam ir para cima e assim evitar acidentes.

Existem também dispositivos que dão um pequeno choque eléctrico para advertir ao animal que há perigo nas proximidades, disse.

Perez adicionou que a ICE está fazendo os esforços para identificar as áreas em que há mais casos de animais eletrocutados.

“Isso é importante para o atendimento das espécies e porque na maioria dos casos as descargas geram avarias e interrupções no serviço que tem um custo”, disse ele.

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