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Cemitério de animais no RJ cobra caro e abandona os corpos em estado deplorável

4 de fevereiro de 2011
3 min. de leitura
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Monica Faria
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Lamentável ver o estado deplorável, imundo, relaxado de um local que deveria servir para abrandar um pouco a dor de perder um companheiro animal.

Nós que os amamos, buscamos o local certo para que eles fiquem, contribuindo assim com o município, evitando descarte de animais mortos em locais errados, onde poderiam contaminar o lençol freático.

Esse local deveria ser limpo! Higienizado! Cobra mais de duzentos reais para animais de pequeno porte, um absurdo! O que será cobrado então de tutores de Rots, Pits, animais maiores? Pagarão 300? 400 reais? E para quê?

Para terem terem seus animais desovados em nichos de concreto que ficam abertos? Expostos às moscas e bicheiras? Exalando podridão e contaminando o local?

É isso o que eles proporcionam aos tutores que acabaram de perder seus amigos peludos? Me solidarizo com a dor do senhor Elias e espero que as pessoas  de São Cristovão (RJ) possam ser atendidas com dignidade nessa hora tão triste. Se não podem manter com dignidade o local, fechem!
Segue o texto de Elias Lobo:

“Perdi, no dia 31 de janeiro de 2011, minha cachorra com a qual convivi felizmente durante 12 anos.

Logo pela manhã fui ao Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman (IJV), localizado na Av. Bartolomeu de Gusmão nº 1.120, São Cristóvão, Rio de Janeiro – RJ, próximo ao corpo de bombeiros, levando a minha pequena amiga para ser enterrada.

Fui até a sala da recepção e notei que estava vazia pois o cheiro era insuportável e todos os tutores de seus cães preenchiam o prontuário e aguardavam lá fora, pois o cheiro de podre era forte.

Preenchi o formulário e paguei pelo serviço de sepultamento de pequeno porte no valor de R$ 219,26, sendo encaminhado ao cemitério de animais, logo acima do Instituto. Ao chegar, deparei-me com o total abandono do pequeno cemitério de animais, onde pude ver e compartilho com vocês, pelas fotos, as cenas tristes e fortes, onde todas as gavetas de um corredor inteiro estavam abertas, mas não vazias, expondo os animais a um show de horror, pois gatos e cachorros ainda estavam dentro das gavetas em decomposição, e as pessoas que ali chegavam, já tristes pela perda de seu amigo, se deparavam com aquela cena totalmente inadmissível.

A sujeira do cemitério, que considero pequeno, condiz com o abandono e descaso, tanto das autoridades (Prefeitura do Rio de Janeiro) quanto daqueles que ali deveriam desempenhar suas funções, ou seja, dos próprios funcionários do Instituto.

Lembrando que todos os serviços que o Instituto oferece não são gratuitos.

Interpelei sobre o ocorrido junto ao funcionário do cemitério, que é terceirizado e que foi difícil de encontrar, sendo-me dito que o abandono seria por conta da inexistência de funcionários para desempenhar as funções que lhes são delegadas.

Cabe ainda ressaltar que no site do Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, há a seguinte informação: “No momento não estamos realizando cremação, pois os fornos crematórios estão em manutenção”. Indaguei aos funcionários por quanto tempo os fornos estão quebrados e disseram que há mais de um ano e que os cães a serem cremados deveriam ser encaminhados para a SUIPA, que háalgum tempo esteve sob investigação do governo e do Ministério Público, ou seja, o abandono é total e de longa data.

Mais uma vez a Máquina Pública, através de seus incompetentes Funcionários Públicos e Políticos Corruptos, trabalham contra uma sociedade honesta e de bem.”

Elias Lobo

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