Os testes em animais continuam sendo uma realidade que afeta diferentes espécies, desde ratos, coelhos, cães até cabras. Rhea nasceu para ser vítima dessas práticas, mas um diagnóstico de poliomielite lhe deu a oportunidade de uma vida melhor. Ela foi resgatada e hoje vive em um santuário que celebra todos os animais, ao lado de vários “irmãos” e “irmãs” e dois tutores que ela adora.
Alex e Ash, fundadores do Horse Shoe Sanctuary, em San Diego, na Califórnia (EUA), contaram à publicação Geobeats que a doença de Rhea foi detectada quando ela ainda era filhote. Essa condição causa paralisia muscular e fez com que seu corpo não pudesse ser usado em testes. “Ela conquistou o coração de alguns trabalhadores lá, e nos permitiram dar a ela uma vida no santuário”, explica Ash.
Uma das características marcantes dessa espécie são as pupilas retangulares. No entanto, as de Rhea são redondas, como a da maioria dos animais, o que fez com que seus tutores suspeitassem de que ela poderia ser cega quando a conheceram.
As suspeitas se confirmaram, mas isso não a impede de se divertir todos os dias e viver uma vida cheia de aventuras, escalando rochas e árvores.
Quando chegou ao santuário, Rhea precisou de muita atenção, tanto médica quanto dos tutores, que acordavam várias vezes durante a noite para alimentá-la e trocar suas fraldas. “Tem sido absolutamente incrível vê-la evoluir e se sentir confortável com o que a cerca”, afirma a cuidadora.
A pequena se adaptou rapidamente, sem deixar que suas limitações se tornassem um obstáculo. “Ela conhece cada cantinho dessa propriedade de cor”, acrescenta a tutora.
Seu ser favorito é Alex, o cofundador do santuário, que garante que Rhea reconhece o som de sua voz. “Mesmo do outro lado do terreno, basta eu dizer ‘Rhea’ e ela sabe que sou eu e vem correndo até mim”, conta ele.
Sua comida favorita são amoras, que os visitantes costumam levar. Ash garante que Rhea consegue sentir o cheiro delas mesmo quando ainda estão dentro dos carros. “É impressionante como os sentidos se tornam mais aguçados quando falta um deles”, reflete.
Por conta dos problemas de saúde, Rhea começou dormindo dentro de casa. Mesmo depois de crescer, esse hábito nunca mudou, e ela continua dormindo em uma cama ao lado da de Alex. Ela também mantém um lugar favorito no sofá, perto do tutor.
Apesar de passar um tempo com as outras cabras, essa “não é sua experiência favorita”. “Ela gosta mesmo é de estar perto dos humanos dela ou de companheiros caninos”. No entanto, sua melhor amiga é Cherrylee, uma porca vietnamita. “Elas estão sempre comendo no mesmo prato, bebendo da mesma tigela de água”.
“Ela me lembra o quanto podemos ser resilientes e de como é possível levar a vida com simplicidade”, afirma a tutora.
Fonte: Pets in Town