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CCZ entra com nova denúncia na Delegacia de Crimes Ambientais

17 de junho de 2009
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O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ)  de Campo Grande (MS) encaminha esta semana uma nova denúncia de cão criado em condições inadequadas para o seu bem-estar à Delegacia de Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat). O caso é semelhante ao dos cães da Rua Marechal Rondon, no centro da capital, que após denúncia do CCZ realizada há dois meses culminou com a apreensão dos animais.

Segundo a chefe do Serviço do Controle da Raiva e outras Zoonoses do CCZ, Iara Domingos, a nova denúncia tem sido vistoriada e acompanhada pelos técnicos do CCZ desde janeiro deste ano e o problema não foi sanado porque o proprietário se recusa a atender as orientações e recomendações do CCZ. “No local há um cão da raça rottweiler, sexo fêmea, mantida em um imóvel desocupado sem manutenção higiênico-sanitária, sem limpeza”, contou Iara.

Durante as vistorias, os agentes epidemiológicos orientaram o proprietário a mudança do animal para um outro local em boas condições sanitárias, que não o exponha aos riscos de transmissão da leishmaniose oriunda de quintal em péssimas condições sanitárias e propensas a manutenção do vetor, o mosquito flebótomo. Além da necessidade de manter o animal socializado e em boas condições de alojamento para contribuir com o seu bem-estar.

Denúncias – Por mês, o CCZ recebe cerca de quarenta denúncias de maus-tratos a animais. Destas, duas acabam sendo encaminhadas à DECAT por não poderem ser resolvidas pelo órgão. “A população tem que ter o conhecimento que o Centro de Controle de Zoonoses tem uma formalidade administrativa a ser cumprida e em certos casos o alcance é somente da justiça”, explicou Iara Domingos.

A diretora do CCZ, drª Júlia Maksoud Brazuna contou que no último caso de grande repercussão na mídia, o poder público já o acompanhava a dois anos e o proprietário dos animais sempre comparecia ao Centro e cumpria as orientações. “A denúncia chegou por meio dos vizinhos que reclamavam do mau cheiro e foi constatado no local condições insalubres de higiene, nós conseguimos localizar o dono dos animais através do cadastro imobiliário”, disse a médica veterinária.

A partir deste ano, o caso se tornou reincidente e o CCZ começou a agir juntamente com a Delegacia e em abril entrou com a denúncia oficial. O desfecho do caso foi à apreensão dos animais pela Polícia, que foram encaminhados para uma entidade protetora dos animais conforme a Lei Federal nº 9790/99 até o término do processo. “O CCZ tem condições de receber muitos animais, mas no máximo por até uma semana”, disse a médica veterinária Iara, explicando que os canis do CCZ possuem vinte e cinco metros quadrados e os animais que vão esperar por um período prolongado uma decisão judicial precisam de um espaço físico maior por animal, banhos de sol e sem restrição de mobilidade.

Fonte: Portal MS

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