No Mato Grosso do Sul, em toda a capital, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) já realizou o encoleiramento contra a leishmaniose de aproximadamente 132.239 cães em Campo Grande. Os dados foram divulgados pela chefe do CCZ, a médica veterinária Júlia Maksoud Brazuna. Ela informou que os trabalhos tiveram início em julho de 2007 e distribuiu gratuitamente mais de 453 mil coleiras deltramina 4%, que previne a leishmaniose e também repele pulgas e carrapatos.
A primeira etapa do encoleiramento foi realizada entre julho e agosto de 2007, na qual foram encoleirados 90 mil cães. Realizada entre janeiro e fevereiro de 2008, a segunda etapa atingiu 121 mil cães. Na terceira etapa, desencadeada nos meses de julho e agosto de 2008, foram encoleirados 110 mil cães. Já a ultima etapa, que teve início em fevereiro deste ano, encoleirou 132 mil animais, totalizando, assim, o encoleiramento e renovação de coleiras de mais de 453 mil cães na cidade.
A leishmaniose canina não tem tratamento. Segundo Júlia Maksoud Brazuna, os animais positivos, mesmo em tratamento, podem promover a distribuição do protozoário, contaminando outros animais. A diretora do CCZ alerta que a portaria do Ministério da Saúde proíbe o tratamento da leishmaniose visceral canina. Em seu artigo 1º, a portaria interministerial nº 1.426, de 11 de julho de 2008, proíbe, em todo o território nacional, o tratamento da leishmaniose visceral em cães infectados ou doentes, com produtos de uso humano ou produtos não registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.