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CCZ de SP deixa animais em condições precárias

25 de janeiro de 2012
2 min. de leitura
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Marcella Cristina Galvao
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Sábado decidi ir com uma amiga que gostaria de adotar um gatinho ao CCZ de São Paulo, assim que chegamos lá, vimos toda uma parafernália incentivando a não compra de animais, pois a doação seria o melhor caminho. Fiquei feliz em ver aquilo, sendo que a última vez que estive lá, há uns 10 anos, os animais eram capturados e todos os dias centenas eram mortos mesmo em boas condições de saúde.

Assim que entramos, alguns cães gritavam quando qualquer pessoa passava ao lado de sua jaula, tinha aproximadamente 5 animais em cada baia, sem contar o olhar deles que pediam socorro em silêncio.

Fomos para o setor dos gatos, aquele lugar parecia uma mistura de corredor da morte com o Carandiru, gatos doentes e saudáveis todos no mesmo lugar, um cheiro insuportável (e não era cheiro de excesso de gatos) era cheiro de abandono, de descaso, de falta de amor aos animais. Tinha gatos pendurados nas grades com as patas para fora, tinha fezes no pote de ração, tinha gata prenha ao lado de gatos doentes.

Fui tentar conversar com um senhor que me indicaram ser o responsável pela adoção de gatos, pois o mínimo que podíamos fazer era salvar um animal daquele inferno, ele pediu para eu esperar, eu esperei por uns 10 minutos, ele voltou, quando fui falar com ele novamente, ele disse que já me atenderia (num tom mais grosseiro) e fingiu não ter ouvido minha pergunta. Por fim, esperamos por mais de 50 minutos e ele não voltou.

Saímos do gatil em direção à rua, em uma baia tinha dois cachorros se matando de tanto brigar e um funcionário batendo com um balde na cabeça deles, para que eles se largassem. Em meio de gritos, latidos, miados fomos saindo, quando encontrei uma funcionária na porta, e eu disse a ela: “Isso é desumano, hoje vim para adotar um animal, estou quase uma hora aí dentro e ninguém veio me dar a mínima atenção, só que eu tenho boca, posso reclamar, falar, xingar e eles que estão aí dentro? O CCZ trata as pessoas tão mal quanto trata os animais.” e a resposta dela foi simples “Não posso fazer nada.”.

 

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