Moradores dos jardins São Jorge e Santa Esmeralda, em Hortolândia, SP, reivindicam uma providência com relação ao excesso de cães soltos nas ruas. Segundo a dona de casa Maria Adelaide Santana, 47, do São Jorge, a situação fica ainda pior quando uma cadela está no cio. “Fica um monte de cachorros machos atrás de uma fêmea, é um horror. Tem gente que adota os cães e não cuida, e muitos são de rua mesmo.”, diz Maria Adelaide.

Moradora do lado oposto da cidade, no Santa Esmeralda, está a autônoma Ivanildes Nascimento, 55, que comunga das mesmas reclamações da moradora do São Jorge. Ivanildes ainda vai além e acredita que as pessoas que deixam os animais nas ruas deveriam receber multas.

A lei nº 925, de julho de 2001, cria possibilidades de se controlar a população de cães e gatos no município, por meio da castração e campanhas em parceria com a iniciativa privada.

Segundo o professor universitário Amaury Pereira do Nascimento Júnior, 48, o maior problema está na periferia da cidade, onde o hábito é criar o animal livremente. “Algumas famílias ainda têm a cultura de que o animal deve ser criado solto, nas ruas. Isso é muito ruim porque dificulta o trabalho do Centro de Zoonoses no controle populacional desses animais”, avalia.

A Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Saúde, informa que está organizando para as próximas semanas uma ação de castração química de cães machos. O objetivo da atividade é evitar o aumento de cães comunitários, aqueles que, apesar de viverem nas ruas, são alimentados e têm boas condições de saúde. Esses animais não podem ser recolhidos pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), uma vez que essa ação é permitida apenas em casos de cães vítimas de maus-tratos ou doentes.

Conforme o veterinário Paulo Mancuso, coordenador do CCZ, há uma estimativa de que existam de dois a três mil cães comunitários no município. A meta inicial do CCZ é castrar 600 animais.

Com informações de O Liberal