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Cavalos selvagens passam por procedimento cruel de esterilização

29 de agosto de 2016
2 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Foto: Getty Images
Foto: Getty Images

Buscando controlar a fertilidade dos cavalos selvagens, a BLM (Bureau of Land Management) está propondo conduzir um experimento em éguas que os veterinários chamam de “ovariectomia”. Esses especialistas também consideram essa operação algo arcaico e inconcebível. O procedimento – em que um veterinário cegamente coloca a mão e braço no abdômen do cavalo através de uma incisão na parede vaginal, e manualmente gira e arranca os ovários – sujeita os cavalos selvagens a risco de morte por sangramento, infecção, ou evisceração (intestinos saindo pela incisão).

Esterelizar cavalos selvagens vai prejudicar a produção dos hormônios reprodutivos que geram comportamentos naturais. São eles que diferenciam os cavalos selvagens dos cavalos domesticados, os ajudam a sobreviver nos desertos e são o centro de sua complexa dinâmica social.

Pelo menos 75% das éguas que passarão pelo experimento estarão grávidas, e muitas outras sofrerão aborto.

Além do sofrimento pela remoção dos ovários, o trauma da captura, o confinamento e a dor ameaçam a gravidez em todos os estágios. Além disso, éguas grávidas têm maior risco de hemorragia quando os órgãos são arrancados.

Em éguas domesticadas, a cirurgia proposta não é comum, mas, quando é executada, exige um pós cirúrgico de sete dias de confinamento e o animal fica dois dias sem poder se deitar.

Éguas selvagens não recebem o cuidado pós-operatório. O BLM pretendem enviá-las para currais após a cirurgia, sem restrições de movimento, sem monitoramento para hemorragia ou evisceração e sem remédios para a dor ou antibióticos, segundo o One Green Planet.

O procedimento proposto pela BLM é algo que coloca em sério perigo a vida dos equinos, principalmente quando já existe uma operação menos invasiva e mais segura.

Sally Jewell, que supervisiona a BLM, se manteve em silêncio enquanto mais de 20 mil cidadãos, veterinários e parlamentares se posicionaram contra essa crueldade.

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