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CHACINA

Cavalos são mortos e carne é vendida para restaurantes em Caxias do Sul (RS)

19 de novembro de 2021
Vanessa Santos | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: MP | Divulgação

Uma operação deflagrada pelo Ministério Público do RS prendeu seis pessoas por envolvimento no esquema de morte e venda ilegal da carne de cavalos em Caxias do Sul. Foram identificados 17 restaurantes na cidade que eram beneficiados pela comercialização da carne dos animais.

O promotor do caso Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, em entrevista para os jornais locais, disse que “mesmo sem saber que compravam carne de cavalo, os estabelecimentos sabiam que o produto era irregular, porque é proibido comprar produtos de origem animal sem o selo de inspeção dos órgãos responsáveis”, explica.

O fiscal pecuário Willian Smiderle contou em depoimento para o G1, que havia o recebimento de animais sem origem definida, no local onde eram realizadas as mortes. “Os cavalos eram mortos, depois a carne era fracionada e eram feitos cortes para a entrega nos restaurantes da cidade”.

Duas hamburguerias foram autuadas na operação. Perícias realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) voltado para a segurança alimentar, confirmou a presença do DNA de cavalos nas comidas que estavam sendo preparadas nos estabelecimentos.

Foto: Tiago Coutinho | Imprensa MPRS

Toda semana cerca de 800 quilos de carne de cavalo eram distribuídos nas lanchonetes do município, que, para tentar despistar os consumidores ,misturavam a carne com carcaças de porcos e perus.

Os responsáveis pelas mortes adquiriam os animais por cerca de $100 a $200 de carroceiros e demais pessoas que exploravam os cavalos em outras atividades. “O abate clandestino é crime e coloca em risco a saúde pública”, destaca o Ministério da Agricultura sobre o caso.

No Brasil a criação de cavalos para o consumo é permitida contanto que sejam feitas com as devidas fiscalizações pelos órgãos responsáveis. Apesar de culturalmente o brasileiro não comer esses animais, no país existe muitas criações voltadas para a exportação para a Ásia e a Europa.

Nota da Redação: como nós, os animais nasceram para viver livremente. Manter um animal encarcerado é um dos crimes mais cruéis do ponto de vista ético. Infelizmente as nossas leis ainda permitem que algumas espécies de mamíferos e outros animais sejam exploradas para o consumo e comércio alimentício. Não podemos mais aceitar calados este tipo de prática como também todas as outras que tratam os animais apenas como ‘iguaria’ ou mercadoria. As leis precisam avançar e proibir qualquer forma de criação de mamíferos, peixes e aves para o consumo humano.

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