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DENÚNCIA

Cavalos são deixados amarrados sob sol intenso e precisam comer lixo para sobreviver no RJ

17 de janeiro de 2025
2 min. de leitura
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Foto: Arquivo pessoal

Moradores da Rua Caminho Simões Lôbo, em Campo Grande, denunciam que cerca de 14 cavalos estão sendo mantidos em condições de maus-tratos na região. Os animais, frequentemente amarrados em calçadas, se alimentam de lixo e são obrigados a puxar carroças que são fretadas.

Imagens mostram um dos cavalos preso em um fio de poste, enquanto os outros estão espalhados pela rua, próximos a carroças, entulhos e fezes. No vídeo, não é possível ver água e nem comida perto do animal.

De acordo com os relatos, o problema persiste há mais de 10 anos, sem qualquer intervenção por parte das autoridades. Um dos moradores, que prefere não se identificar, relata ter enviado vídeos à subprefeitura da Zona Oeste, mas nenhuma medida foi tomada.

“Isso é de conhecimento de todas as autoridades. Entra subprefeito, sai subprefeito… É uma coisa surreal! Eles [cavalos] circulam por Campo Grande como se fosse uma fazenda. Eles ficam espalhados pelo bairro, são obrigados a carregar carga pesada, entulho, carcaça de carro, ferragem, lixo, material de construção, todo tipo de material que um animal não devia carregar. É uma atrocidade”, detalha.

Ainda segundo os moradores, os tutores dos animais moram na rua e deixam os cavalos passar o dia expostos ao sol, sem alimentação ou cuidados básicos. Quando se ferem, são descartados e rapidamente substituídos.

“Ninguém sabe qual é o destino que os animais levam. Passam dois, três dias, eles aparecem com outro. Eles não cuidam, nunca deram um tratamento digno ao animal, nem um remédio, nada!”, denuncia.

Além do sofrimento animal, os maus-tratos têm impactado diretamente a qualidade de vida dos moradores da região, que precisam lidar com fezes e urina dos cavalos espalhadas pela rua.

“O cheiro é horroroso! Urina dos animais, fezes, totalmente insalubre. As crianças não consegue nem brincar, é horrível, total descaso, parece que é uma rua invisível”, desabafa o morador.

O secretário de Proteção e Defesa dos Animais, Luiz Ramos Filho, informou que vai com uma equipe e a polícia ao local para resgatar os animais.

“Precisamos ir ao local com uma equipe da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. Lembramos que maltratar animais é crime com pena de dois a cinco anos de prisão e a tração animal é proibida no município. As denúncias de abandono e maus-tratos a cavalos e a tração animal vêm crescendo muito. Com os animais microchipados, conseguimos identificar e punir o tutor”, disse.

Fonte: O Dia

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