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Cavalos perambulam pela cidade de Borda da Mata (MG) em busca de comida

20 de janeiro de 2011
2 min. de leitura
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Por Toninho Ventania

Foto: Reprodução/Tribuna Popular

Cachorro vira-lata tem muitos por aí, mas você já ouviu alguma vez essa expressão: “Cavalo vira-lata”?

Pois é, aqui em Borda da Mata (MG) tem um, depois de um dia trabalho, carregando seu tutor por aí, subindo e descendo morros, puxando uma carroça velha e pesada, mais de oito horas de trabalho. Seu tutor que não possui local adequado para o seu sustento, solta, não só na Av. João Olívio Megale, mas em outras partes da cidade.

Todos os dias, depois de um dia de trabalho forçado, para pastar, fica solto comendo as gramas dos jardins, e como é uma grama que os animais não gostam muito, ficam com fome e sem água, a salvação é o latão de lixo. Para matar a fome, vale tudo, comer plásticos, papel, o que tiver dentro do latão, o que importa é matar a fome. Enquanto seu tutor está bem alimentado, não está nem aí com seu animal.

Será que ele, seu tutor, dorme bem? A consciência não pesa? Ou melhor, será que ele tem consciência do seus atos? Aliás, não é só ele, tem muitos por aí, é uma pena que nossa cidade ainda esteja vivendo como no século passado, cavalos, vacas andando pela cidade como se fosse um grande pasto, procurando comida para saciar a fome. A população pode e deve fiscalizar se os animais estão sendo bem tratados.

Maus-tratos: como denunciar

Toda pessoa que seja testemunha de atentados contra animais pode e deve comparecer à Delegacia mais próxima e lavrar um Termo Circunstanciado, espécie de Boletim de Ocorrência (BO), citando o artigo 32 “Praticar ato de abuso e maus-tratos à animais domésticos ou domesticados, silvestres, nativos ou exóticos “, da Lei Federal de Crimes Ambientais 9.605/98. Os atos de abuso e de maus-tratos com animais configuram crime ambiental e, portanto, devem ser comunicados à Polícia, que registrará a ocorrência, instaurando inquérito.

Os animais também têm seus direitos:

– Livre de fome e sede; pelo acesso constante à água e a uma dieta que mantenha sua saúde e vigor integrais.

– Livre de desconforto; pelo fornecimento de um meio ambiente apropriado com abrigo e área de descanso confortáveis.

– Livre de dor, ferimentos e outras ameaças à sua saúde; pela prevenção ou a rapidez no diagnóstico e tratamento.

– Livre para expressar seu comportamentos naturais; pelo fornecimento de espaço suficiente, instalações apropriadas e a companhia de outros animais da sua espécie.

– Livre de medo e stress; pela manutenção de condições de tratamento que evitem sofrimentos mentais e psicológicos.

Espero que as pessoas tomem consciência e ajudem a combater esse crime.

Fonte: Tribuna Popular

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