Um vídeo feito por um morador flagrou os momentos finais de um cavalo que foi morto após passar horas agonizando em frente à casa do tutor em uma rua no bairro Jardim Santa Rosa em Jaboticabal (SP).
Segundo a Vigilância de Vetores e Zoonoses da cidade, o cavalo, com idade entre 12 e 15 anos, sofria maus-tratos. O tutor do equino foi ouvido pela polícia, autuado e liberado.
As imagens foram registradas na manhã de segunda-feira (2) pelo técnico em meio ambiente Ricardo Alexandre Miciano, de 37 anos, e divulgadas nesta terça-feira (3). Segundo Miciano, o caso aconteceu próximo à escola Professora Aurora Ferraz Vianna dos Santos e o sofrimento do cavalo foi acompanhado por várias crianças. O técnico criticou a demora no atendimento e resgate ao cavalo. “O animal estava lá desde domingo. Todos os setores foram omissos, todos têm um pouco de culpa. O cavalo estava em via pública, é responsabilidade da prefeitura. Se isso acontecesse em bairro nobre eles retiravam na hora”, diz.
A médica veterinária e chefe da Vigilância de Vetores e Zoonoses de Jaboticabal, Maria Angélica Dias, nega que tenha havido demora no atendimento. Maria Angélica disse que recebeu a informação sobre o cavalo na manhã da segunda-feira e que, logo em seguida, foi ao local com outros três veterinários.
Segundo a veterinária, ela e os outros profissionais constataram que o cavalo sofria maus-tratos, estava debilitado e ‘não conseguiria responder a um tratamento’, já que ficaria com sérias sequelas se sobrevivesse, o que fez com que a equipe optasse pela morte do animal. “Faltou respeito e comida. Esse animal era vítima de maus-tratos com certeza. Ele chegou naquele estado por excesso de trabalho e má nutrição. Estava muito judiado, era pele cobrindo os ossos”, relatou Maria Angélica.
A Polícia Civil informou que o tutor do cavalo foi ouvido na delegacia de Jaboticabal e liberado em seguida.
Fonte: G1
Nota da Redação: A instituição foi omissa ao demorar no atendimento do animal, que agonizava e precisava de resgate nas ruas da cidade e a demora na ação dos órgãos responsáveis não diminui a responsabilidade do tutor e nem a gravidade de sua ação criminosa. Infelizmente, a solução empregada para casos como este é sempre o assassinato do animal, que já tanto sofreu e agora é privado de uma chance de se restabelecer. A crueldade do crime pesa para ambos.