EnglishEspañolPortuguês

Cavalo tem corpo perfurado por cerca ao fugir de fogos de artifício

9 de novembro de 2019
4 min. de leitura
A-
A+
Harry, o cavalo ferido ao ser empalado em um pilar da cerca que limitava sua casa | Foto: Press Association
Harry, o cavalo ferido ao ser empalado em um pilar da cerca que limitava sua casa | Foto: Press Association

Um cavalo acabou empalado no poste de uma cerca após ser surpreendido por fogos de artifício e correr em desespero com o barulho, afirmou a ONG RSPCA.

O cavalo, chamado Harry, foi encontrado com ferimentos graves em Holywell, no norte do País de Gales, aparentemente enquanto tentava escapar de seu cercado quando as explosões o assustaram.

Jenny Anderton, inspetora da RSPCA, disse ao Independent: “O cavalo deve ter ficado deitado lá, preso na madeira a noite toda e demoramos cerca de 13 horas para tirá-lo, erguê-lo e levá-lo até os veterinários em uma carroça para que ele pudesse ser operado, pois suas lesões eram muito graves, causadas pela perfuração no poste da cerca”.

“É claro que não sabemos com certeza absoluta, mas parece bem provável que Harry estivesse assustado com os fogos de artifício que foram disparados próximo da região onde ele estava”.

Quatro pessoas – o tutor, um veterinário e dois funcionários da RSPCA – foram necessárias para libertar o cavalo depois que ele foi encontrado ferido no sábado (02).

O incidente vem em seguida do governo do bloco de países dizer que consideraria proibir a venda de fogos de artifício para exibições privadas, após lobby de ativistas pelos direitos animais. Centenas de milhares de pessoas assinaram uma petição online exigindo a mudança, dizendo que a pirotecnia causa efeitos adversos em animais domésticos e selvagens.

Lily Roberts, proprietária dos estábulos onde Harry estava guardado, disse que “nunca tinha visto nada parecido” com o que aconteceu com o cavalo.

Ela disse: “Ele havia esmagado a sebe (poste de madeira) e tivemos que cortá-la. Foi simplesmente horrível. Eu nunca tinha visto algo assim antes”.

A RSPCA informou que recebeu 400 ligações sobre animais afetados por fogos de artifício na Inglaterra e no País de Gales em 2018 e, desde então, lançou uma campanha, Bang Out Of Order, para pressionar a opinião pública sobre o assunto.

Entre as medidas que a campanha deseja ver implementadas estão as restrições de ruído em fogos de artifício disponíveis ao público e as que prevêem a venda limitada ao horário dos eventos comemorativos como véspera de Ano Novo, Ano Novo Chinês e Diwali.

Anderton acrescentou: “Realmente esperamos que Harry se recupere – é muito triste pensar em como ele deve ter ficado assustado e, em grande parte, angustiado enquanto estava empalado”.

“Esse incidente realmente mostra quais podem ser os efeitos dos fogos de artifício nos animais e pedimos que as pessoas tomem consciência das vidas ao seu redor (não só humanas) ao soltar fogos de artifício”.

Sensibilidade

Para os animais, cuja audição é mais apurada que a nossa, o estrondo de rojões e fogos de artifício assume proporções assustadoras. Desesperados e assustados, eles tentam fugir daquilo que imagina que os ameaça e muitas vezes se machucam nos obstáculos que encontram no caminho tamanho seu pavor, como no caso de Henry.

Outros morrem de ataque do coração, devido ao susto causado pelos estrondos durante o tempo em que eles ficam estourando. O coraçãozinho deles não suporta tamanho estresse e acaba sucumbindo à pressão da taquicardia causada pelo ritmo das batidas cardíacas.

Casos de cachorros deixados sozinhos que arranham as portas de suas casas até que suas patas sangrem não são poucos. Outros morrem ao tentar pular os portões ou sufocam até a morte ao ficarem presos entre as vigas dos portões. Gatos também morrem de ataque do coração devido ao pavor do barulho.

Onde falha a responsabilidade e o bom senso humano, é preciso que as leis ajam e regulem a exposição às situações de risco que envolvem essas vidas senscientes.

Gratidão por estar conosco! Você acabou de ler uma matéria em defesa dos animais. São matérias como esta que formam consciência e novas atitudes. O jornalismo profissional e comprometido da ANDA é livre, autônomo, independente, gratuito e acessível a todos. Mas precisamos da contribuição, independentemente do valor, dos nossos leitores para dar continuidade a este imenso trabalho pelos animais e pelo planeta. DOE AGORA.


 

Você viu?

Ir para o topo