Um cavalo explorado para puxar uma carruagem turística desabou hoje (14/09) no centro de Palma, em frente à igreja de San Nicolás, nas Ilhas Baleares, Espanha. O cavalo permaneceu caído no asfalto por vários minutos até conseguir se levantar com ajuda de pedestres e do condutor, que lhe ofereceu água. O episódio aconteceu em plena tarde, com temperaturas entre 32 e 33 graus, condição que pode provocar exaustão em cavalos submetidos a esforço físico intenso.
O caso trouxe à tona o debate em Palma sobre o abuso desses animais em passeios turísticos. Organizações de defesa dos direitos animais denunciam há anos que os cavalos são obrigados a trabalhar sob calor extremo, muitas vezes sem acesso adequado à hidratação, ficando expostos a riscos sérios de morte. A entidade Progreso en Verde já havia alertado sobre as consequências da manutenção das carruagens puxadas por cavalos e defende sua substituição por alternativas que não coloquem vidas em perigo.
Não é a primeira vez que cenas semelhantes acontecem na região. Em outros episódios recentes, cavalos também desabaram em vias públicas, revelando um padrão preocupante de desgaste físico e más condições de trabalho. Denúncias incluem animais exaustos, desnutridos, com ferraduras irregulares e carruagens em estado precário. A situação é um exemplo do problema estrutural que ultrapassa casos isolados.
Enquanto a prefeitura de Alcúdia, também na Espanha, já adotou carruagens elétricas em substituição às tradicionais, Palma ainda discute mudanças. O incidente deste fim de semana reforça a urgência de uma decisão que priorize o bem-estar animal e coloque fim a uma prática ultrapassada. O turismo não pode continuar às custas do sofrimento de seres sencientes que, além de suportar peso e calor excessivos, têm sua liberdade reduzida a um instrumento de exploração.
A queda do cavalo em Palma é um reflexo das consequências diretas da exploração. Essa prática cruel e abusiva precisa ser banida em todo o mundo.
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