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À PRÓPRIA SORTE

Cavalo é arrastado por enchente em Angra dos Reis (RJ); órgãos públicos não são chamados para ajudá-lo

7 de abril de 2025
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a situação de risco enfrentada por animais durante as fortes chuvas que atingiram Angra dos Reis (RJ). Nas imagens, um cavalo aparece lutando contra a correnteza de uma enchente no bairro Parque Mambucaba, com a água chegando até o pescoço. Sem conseguir se manter em pé, o animal é arrastado pela força da água, evidenciando a fragilidade dos animais em situações de desastres naturais.

Assim como o cavalo, uma vaca também foi registrada quase totalmente submersa, tentando sobreviver em meio à inundação. Em ambos os casos, segundo a prefeitura, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros não foram acionados para resgatar os animais, deixando-os à própria sorte.

Enquanto centenas de pessoas foram levadas a abrigos, os animais ficaram sem auxílio, expostos aos perigos das enxurradas e deslizamentos. Especialistas alertam que, em situações de desastres, bichos domésticos e de criação são frequentemente esquecidos, aumentando o risco de ferimentos, desaparecimentos e mortes.

Foto: Reprodução

O temporal já deixou quase 350 desalojados em Angra dos Reis, com um volume de chuvas que ultrapassou 357 milímetros em 48 horas. Apesar dos alertas enviados por SMS e do acionamento de sirenes em 42 bairros, não houve ações específicas para proteger a fauna local.

A ausência de um plano de emergência que inclua o salvamento de animais reflete uma lacuna na gestão de desastres. Enquanto equipes da Defesa Civil atuam em áreas de risco, animais como cavalos e vacas – muitos explorados para lucro humano – ficam sem assistência, aumentando seu sofrimento.

Casos como esses reforçam a necessidade de políticas públicas que garantam a proteção não apenas de humanos, mas também dos animais, tão vulneráveis quanto em situações extremas.

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