O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Araçatuba sacrificou na tarde desta segunda-feira (2) um cavalo, que, bastante doente, havia caído em uma lagoa próximo à rua Wanda Azure, no Jardim Atlântico. O animal foi encontrado por moradores do bairro, que acionaram o Corpo de Bombeiros. Mesmo sendo removido, o animal estava debilitado e um veterinário do CCZ constatou a necessidade de sacrificá-lo.
A reportagem esteve no bairro e um adolescente de 13 anos se identificou como tutor do cavalo. Ele, que mora com mais sete pessoas em uma casa no residencial, disse que tutela outros cinco animais. O doente foi adquirido semana passada, por R$ 500.
Fraqueza
O garoto afirmou que logo depois que comprou o cavalo, o animal apresentou sintomas de fraqueza, chegando a cair na rua do bairro. Na manhã desta segunda-feira, ele encontrou o cavalo caído, praticamente morto, no córrego. Batizado de “Negão”, era utilizado para cavalgadas. O menino negou que o equino era empregado em carroças. Depois de morto, “Negão” seria levado a um local apropriado para o descarte de animais.
De acordo com a presidente da APA (Associação Protetora dos Animais) de Araçatuba, Marisa de Fátima Benfati, é o segundo caso de animais abandonados doentes em cerca de 15 dias. O caso mais recente, segundo ela, ocorreu próximo à antiga pedreira, entre a rua Oscar Rodrigues Alves e a avenida Waldir Felizola de Moraes. Marisa disse que o animal foi encontrado já morto por um homem, que denunciou o caso à entidade.
Fonte: Folha da Região
Nota da redação:
Animais precisam de cuidados médicos, de alimentação adequada e atenção especial para suas necessidades. De acordo com a matéria, um garoto de 13 anos era o tutor responsável pelo cavalo sacrificado, entretanto, como ele poderia tomar todos os cuidados necessários para a saúde do animal?
O cavalo foi, também, comprado para o garoto. Ao estabelecer uma relação de propriedade com o bicho, o respeito necessário para a tutela responsável desaparece.
Ter a guarda de um animal e exercê-la de maneira responsável envolve a maturidade e dedicação de entender que o bicho é um companheiro, não uma mercadoria ou um brinquedo.