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Cavalo atropelado leva 12 dias para ser atendido e fica com danos irreversíveis

15 de dezembro de 2010
2 min. de leitura
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Durante 12 dias sem assistência a uma pata quebrada , o desfecho do cavalo atropelado em Évora não poderia ser outro. O animal já não pode ser operado e vai mancar para o resto da vida. O tutor do cavalo já o resgatou do canil municipal.

Como a fratura na pata traseira esquerda do “Mala Cara” não foi tratada, os ossos calcificaram e uma operação não iria surtir efeito.

O cavalo ficou ferido num acidente de viação no dia 1, perto do aeródromo. Transportava uma família de etnia cigana numa carroça, atingida por um carro. Uma jovem de 23 anos, grávida, morreu e várias pessoas ficaram feridas, entre elas o tutor do equino. “Mala Cara” foi levado para o Canil Municipal de Évora (CME) e ficou a cargo de António Flor Ferreira, o veterinário acusado de abater cães e gatos com processos de adoção em curso e ainda de fornecer animais vivos para utilização como cobaias no Hospital Veterinário da Universidade de Évora.

Acabaria por ser uma veterinária privada a tomar as “rédeas” do caso, divulgado pelo JN. Na semana passada e após vários dias de insistência, conseguiu finalmente consultar o “Mala Cara”, acompanhada de um criador de cavalos e de um colega com um aparelho de raio X móvel.

O tutor – conhecido por “Quito Cigano” – estava já identificado, mas depois de ter tido alta hospitalar esteve fugido com medo de represálias pela morte da sobrinha.

Os exames, no entanto, revelaram que a operação de nada valeria. “A fratura ficou por tratar demasiado tempo”, revelou Alexandra Moreira, uma advogada a quem “Quito Cigano” recorreu para conseguir resgatar o animal, o que só aconteceu anteontem. Depois de verificar que o tutor tinha condições para acolhê-lo, Flor Ferreira autorizou a entrega. “A veterinária quis de imediato colocar gesso para estabilizar a pata, mas Flor Ferreira não permitiu que o fizesse dentro do canil”, acusa a advogada, que garante que o animal foi para ali transportado após o acidente “numa carrinha camarária de caixa aberta, destinada à recolha de lixo, o que é ilegal”.

Apesar das tentativas, não foi possível contactar Flor Ferreira.

Fonte: Jornal de Notícias 

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