Os trabalhos de retirada dos órgãos e restos da baleia jubarte que encalhou no Litoral Norte do Rio Grande do Sul no final de semana devem continuar neste sábado. O primeiro exame, do sangue do mamífero, foi enviado hoje a laboratório e só deve ficar pronto na segunda-feira. Segundo Milton Marcondes, coordenador de pesquisa do Instituto Baleia Jubarte, o resultado pode não ser suficiente. Ainda devem ser analisados outros órgãos.
— A grande questão é porque ela encalhou. O encalhe certamente contribuiu para a morte da baleia devido à compressão dos órgãos pelo peso do animal. O quadro dela foi piorando dia após dia por causa do encalhe.
Ele lembra que o sangue também pode ter sofrido alterações pois só foi retirado no dia seguinte ao da morte da baleia. De acordo com o especialista, mesmo com todos os exames em mãos, é possível que não se chegue à conclusão da morte.
— O trabalho foi complicado hoje, conseguimos coletar apenas materiais de alguns órgãos, como pulmão, fígado e rins. Não temos como analisar tudo. Trabalhamos o dia todo e não chegamos ao coração do animal.
Cinco tratores foram usados para tentar arrastar a baleia para fora da água. Mesmo assim, o animal ainda ficou na beira da água. Marcondes explicou que só depois da retirada de algumas partes foi possível mover melhor o animal.
Os biólogos, que trabalharam das 7h até as 17h, conseguiram identificar que o mamífero era macho e media 12,5 metros de comprimento.
Fonte: Zero Hora