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CRIMES

Casos de maus-tratos a animais aumentam em 120% em Campos dos Goytacazes (RJ)

Neste ano, 231 animais foram acolhidos pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), ante 105 de janeiro a dezembro de 2020

20 de outubro de 2021
Mariana Dandara | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Crédito – Pixabay License

Os crimes de maus-tratos a animais aumentaram em 120% nos primeiros nove meses de 2021 em Campos dos Goytacazes (RJ). No período, 231 animais foram acolhidos pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), ante 105 de janeiro a dezembro de 2020.

Além dos animais resgatados pelo CCZ – 110 cães, 120 gatos e um cavalo – outros têm sido salvos por grupos de proteção animal como o Lambeijilhos, que não tem sede própria e encaminha os resgatados para lares temporários cedidos por voluntários.

Membro do grupo, Verônica Brito relata ter observado um aumento no abandono de animais em 2021 e credita essa realidade à pandemia de coronavírus, que gerou uma crise financeira.

“Os casos mais frequentes de abandono são gatos com esporotricose e cães com cinomose. Isso acontece porque a maioria aplica vacina em casa de ração, que não tem eficácia garantida como as aplicadas pelo médico veterinário”, disse Verônica ao Jornal Terceira Via.

Mas se por um lado existem criminosos que abandonam animais, por outro há aqueles que dão bons exemplos. É o caso da professora Camila Azevedo, que adotou quatro cachorros retirados de situações de abandono e maus-tratos.

Segundo ela, todos foram encontrados “em estado bem deplorável”. “Lá em casa a gente sempre regatou, porque nossa família é apaixonada por animais. O que me motiva é esse amor e porque são animais tão indefesos, tão frágeis, que ficam a mercê da situação em que eles vivem. Isso me motiva a lutar por esses serem mais indefesos do que os seres humanos, que são tão puros e só tem amor para dar”, afirmou.

Não compre, adote

A exploração de animais para venda é uma prática cruel que objetifica cães e gatos, reduzindo-os à condição de mercadorias. Por serem tratados como objetos, esses animais são alvos frequentes de maus-tratos, situação que só poderá ser coibida com o fim do comércio.

Engajados na luta em prol dos animais, ativistas incentivam a adoção e pedem que a sociedade se conscientize sobre a necessidade de abolir a venda de cachorros e gatos. Os protetores de animais explicam que, ao comprar um animal, o comprador não só compactua com a objetificação de um ser vivo, como incentiva o comércio como um todo, incluindo o que é feito pelos criadores que negligenciam e maltratam os animais.

Enquanto milhares de animais são comprados Brasil afora, outros milhões padecem nas ruas. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 30 milhões de animais vivem em situação de rua no país. Sem cuidados, eles passam fome e sede, sofrem com o calor, o frio e as chuvas, adoecem e agonizam até a morte por conta de doenças e de atropelamentos. Também são vítimas de agressões e até de estupros. Frágeis e inocentes, o pedido que eles fariam, caso pudessem falar, seria: não compre, adote um animal abandonado.

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