A Secretaria de Saúde de Mirassol (SP) está em alerta depois de três cachorros terem tido leishmaniose no bairro Cohab 1. A prefeitura colocou os agentes de saúde na rua, nesta sexta-feira (12), para tentar identificar novos casos e evitar que a doença seja transmitida.
Uma veterinária e agentes de saúde fizeram visitas casa a casa para identificar cães que possam estar com a doença. A veterinária Evelyn Costa Gonzales diz que uma semana antes das coletas de sangue, uma equipe passou pelo bairro e informou os moradores que iriam fazer este trabalho. “Cadastramos os animais, depois colhemos o sangue, que é armazenado e encaminhado ao Instituto Adolfo Lutz”, afirma.
Na casa da costureira Abigail Martins de Souza há duas cachorras, Neguinha e Chulinha, e as duas foram submetidas a coleta de sangue. “A gente cuida bem deles e do quintal, faz o melhor possível para evitar a doença”, diz Abigail.
Já foram coletadas cerca de 200 amostras de sangue de animais que vivem no bairro. Os resultados dos exames devem sair em 30 dias, mas as chances de outros cães estarem contaminados é grande.
Após a visita, cada morador recebe um panfleto que explica melhor a doença. A leishmaniose é transmitida pelo mosquito palha, que se reproduz em materiais orgânicos que se acumulam em quintais como folhas, madeira e até fezes de animais. O mosquito pica o cão doente e repassa a doença até para o homem.
A veterinária explica que é importante notar alguns sintomas que indicam que o cachorro está doente como aumento excessivo das unhas, emagrecimento e queda de pelos, principalmente ao redor dos olhos, ponta de orelha, focinho e patas.
Evelyn ressalta que embora ainda não tenha sido encontrado o mosquito palha no bairro, por meio das armadilhas, houve a transmissão, já que três cães apresentaram a doença. “Nessa época em que há preocupação com o mosquito transmissor da dengue e da chikungunya, por exemplo, também temos de nos preocupar com a leishmaniose e a limpeza dos quintais é primordial para o combate desses insetos”, afirma.
Fonte: G1
