O caso do cavalo Milito, que morreu após ser forçado a participar de uma corrida de cavalos, será levado a julgamento na Argentina. Uma denúncia aponta que o animal foi dopado antes da competição.
O tutor do cavalo e o competidor que montou sobre o animal durante a corrida serão julgados pelos crimes de abuso contra animais e doping. Eles são acusados de causar a morte do cavalo por terem o dopado para que, através do uso das drogas, ele tivesse melhor performance e vencesse a competição.
Milito morreu em outubro de 2019 durante uma corrida de cavalos realizada no autódromo da cidade de Neuquén. Logo após cruzar a linha de chegada, o animal desmaiou e sofreu uma morte súbita. De acordo com informações divulgadas pelo jornal El Clarín, o corpo do cavalo foi submetido a exames de necrópsia.
O caso foi denunciado às autoridades, que iniciaram investigações e concluíram, baseados no relatório da necrópsia, que Milito foi drogado com cocaína e efedrina, entre outras substâncias químicas proibidas por lei.
Dentre as provas elencadas no processo, estão ainda a apreensão de seringas e substâncias ilícitas encontradas dentro do carro do competidor acusado de maus-tratos.
Caso a dupla seja condenada por abuso contra animais e doping, a punição estabelecida pela Justiça pode chegar a até três anos de prisão.