Especialista na raça treina animais para atendimento terapêutico em clínicas infantis
Faz um ano e meio que o casal Fernanda Meccia e Paulo Melo fechou o restaurante que tinha no litoral de São Paulo, para dedicar-se exclusivamente ao cuidado de pit bulls abandonados.
Eles criaram o “Santuário dos Pit bulls”. Como explica Fernanda, um cachorro desses que fica na rua acaba muito judiado.
“As pessoas batem, dão pauladas, facadas, uma coisa horrorosa. Acham que por ser pit bull, o cão é um monstro, um absurdo”.
Ela explica o porquê é apaixonada pela raça, a que se dedica faz dez anos.
“São cães de companhia, um animal leal, doce, que ama crianças, diferentemente da imagem que fazem da raça. Mas se criados de forma errada, claro, podem virar uma arma”.
O adestrador Jorge Pereira, especializado em pit bulls, faz coro. Ele já trabalhou inclusive com a raça para atendimento terapêutico, em clínicas pediátricas.
“São animais fortes, determinados e extremamente submissos ao humano. Mas existem pessoas que estimulam a violência no bicho, penduram pneus para desenvolver o instinto de caça, acham bonito o animal perseguir outro”.
Seu cachorro Tas costumava fazer o trabalho voluntário de entretenimento de crianças doentes.
“Os pit bulls são fortes e doces, eles aguentam todo tipo de brincadeira, e criança puxa orelha, rabo, eles encaram tudo numa boa”.
Ele conta que iniciativas como esta do santuário são essenciais, até para mudar a imagem do animal, que sofre nas ruas.
“A cada notícia de pit bull que ataca alguém, pois certamente foi criado de forma errada, as pessoas abandonam os animais que compraram por medo ou raiva do bicho, e esse animal é massacrado nas ruas, por gente ignorante”.
Quem quiser adotar um pit bull pode ligar para (11) 6772-9124 ou (11) 6372-8759.