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Casal mantém santuário para pit bulls abandonados

10 de maio de 2011
4 min. de leitura
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Especialista na raça treina animais para atendimento terapêutico em clínicas infantis
Por falta de vitaminas e cálcio no organismo, Pulguinha não cresceu. Ela tem quatro meses e pesa cerca de dois quilos. A cachorrinha é filha da Ágata, a próxima foto, e foi encontrada com a mãe, em um abrigo. Foto: Julia Chequer/R7

Faz um ano e meio que o casal Fernanda Meccia e Paulo Melo fechou o restaurante que tinha no litoral de São Paulo, para dedicar-se exclusivamente ao cuidado de pit bulls abandonados.

Eles criaram o “Santuário dos Pit bulls”. Como explica Fernanda, um cachorro desses que fica na rua acaba muito judiado.

“As pessoas batem, dão pauladas, facadas, uma coisa horrorosa. Acham que por ser pit bull, o cão é um monstro, um absurdo”.

Ela explica o porquê é apaixonada pela raça, a que se dedica faz dez anos.

“São cães de companhia, um animal leal, doce, que ama crianças, diferentemente da imagem que fazem da raça. Mas se criados de forma errada, claro, podem virar uma arma”.

O adestrador Jorge Pereira, especializado em pit bulls, faz coro. Ele já trabalhou inclusive com a raça para atendimento terapêutico, em clínicas pediátricas.

Abandonada em um abrigo em Guarulhos, ela foi amarrada no portão, junto com seu bebê, Pulguinha; Ágata tem quatro anos e está no santuário faz dois meses. Foto: Julia Chequer/R7

“São animais fortes, determinados e extremamente submissos ao humano. Mas existem pessoas que estimulam a violência no bicho, penduram pneus para desenvolver o instinto de caça, acham bonito o animal perseguir outro”.

Seu cachorro Tas costumava fazer o trabalho voluntário de entretenimento de crianças doentes.

“Os pit bulls são fortes e doces, eles aguentam todo tipo de brincadeira, e criança puxa orelha, rabo, eles encaram tudo numa boa”.

Ele conta que iniciativas como esta do santuário são essenciais, até para mudar a imagem do animal, que sofre nas ruas.

“A cada notícia de pit bull que ataca alguém,  pois certamente foi criado de forma errada, as pessoas abandonam os animais que compraram por medo ou raiva do bicho, e esse animal é massacrado nas ruas, por gente ignorante”.

Quem quiser adotar um pit bull pode ligar para (11) 6772-9124 ou (11) 6372-8759.

Gaya, essa pit de três anos, chorou muito a falta da ex-tutora. Essa mulher deixou Gaya e outro pit no santuário, com dois pacotes de ração. Disse que voltaria, mas nunca mais apareceu. Mesmo muito bem tratada no local, Gaya sofreu, chorava dia e noite por causa da tutora, perdeu quase todo os pelos e chegou a pesar 14 quilos; hoje está com 28 quilos, recuperada e pronta para ganhar um lar; ela adora uma piscina, como se pode ver. Foto: Julia Chequer/R7
Johnny foi encontrado na rua, foi colocado em uma gaiola e passou a vida em um abrigo que não tinha a mínima condição de cuidar de um animal desse porte; ele sofreu muito pela falta de sol, depressão e alimentação errada, perdeu a pelagem quase toda, mas já se recuperou; o cão tem três anos e pesa 32 quilos. Foto: Julia Chequer/R7
Pietra teve uma vida de princesa e chegou a fazer até aulas de natação, antes de ir para a adoção. Tudo começou quando ela foi resgatada da rua por um violinista, quando ia apanhar de uma multidão munida de paus. Ele a resgatou, levou para o apartamento, e deu tudo de melhor a ela. Mas o músico arrumou um emprego na Áustria e não pode levar Pietra. Então, a menina foi parar no santuário, para adoção; meiga, Pietra ainda chora de saudade do tutor. Foto: Julia Chequer/R7
Mistura de bull terrier e pit bull, Branca estava em uma pequena gaiola quando foi resgatada; com uma mancha marrom na cara, ela é uma das mais diferentes no santuário. Foto: Julia Chequer/R7

Fonte: R7

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