Há quatro meses, Jim e Donita Clark fugiram de sua casa no Estado americano da Louisiana e partiram para um local secreto no Texas por medo de que agentes ambientais apreendessem os quatro macacos capuchinhos que vivem com o casal há 10 anos, informa a agência AP. Os Clark estão entre as famílias que passaram a ser visadas recentemente por manter animais silvestres como bichos domésticos.
O casal Clark teme que os macacos sejam confiscados e enviados para um zoológico caso retornem para sua casa em DeRidder, na Lousiana. “Não é por isso que eu lutei…para ser tratado assim”, disse à AP Jim Clark, um veterano de guerra de 60 anos. “Não é justo que eles possam vir até a sua casa e fazer isso com você”. Atualmente, o casal vive em um trailer, em um local que preferiram manter em segredo, no lado texano da fronteira com a Louisiana.
As autoridades da Louisiana e de outros Estados aumentaram o rigor contra a criação de animais exóticos em domicílios comuns após uma série de casos de animais que fugiram e atacaram pessoas. Em outubro de 2011, um homem de Ohio libertou leões, tigres, zebras, ursos e macacos de seu zoológico particular antes de se matar. “Foi um chamado à nação para que nós não toleremos mais imprudentes decisões tomadas por um pequeno número de pessoas”, disse à AP Wayne Pacelle, o chefe da instituição Humane Society of the United States.
No caso de macacos, como os do casal Clark, especialistas em primatas e veterinários alertam que eles – como todos os animais silvestres – não devem ser tratados como bichos domésticos. “Eles não são brinquedos animados. Eles são tão inteligentes que é difícil de mantê-los em um ambiente estimulado por muito tempo”, disse Patricia V. Turner, presidente da Associação dos Veterinários Primatas dos EUA.
Pelo menos seis Estados banem a propriedade de animais silvestres desde 2005, e o Congresso americano estuda enrijecer as leis nacionais. Atualmente, 24 Estados também proíbem a propriedade de primatas de outros 11 requerem permissões especiais.
Fonte: Terra