Um casal foi preso em flagrante, na tarde de quinta-feira (02/10), acusado de caça ilegal no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Federal (PF) e a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), a abordagem aconteceu na região do Alto da Boa Vista, onde foram encontrados com apetrechos utilizados para capturar macacos-prego.
O casal não chegou a capturar nenhum animal, mas a atuação dos policiais militares confirmou a prática do crime em flagrante. A prisão impediu que novos exemplares da fauna silvestre fossem retirados do parque.
Em 16 de maio deste ano, o casal já havia sido flagrado tentando sair da unidade de conservação com um filhote de macaco-prego escondido dentro de uma bolsa. Na ocasião, a intervenção policial evitou que o animal fosse submetido a maus-tratos.
Os dois foram autuados por crime de caça profissional em unidade de conservação. Foram apreendidos os telefones dos suspeitos, os apetrechos de caça e a motocicleta utilizada na ação criminosa. Os dois foram encaminhados ao sistema prisional do estado, e a Autoridade Policial solicitou a prisão preventiva, considerando o histórico de reincidência.
A operação desta quinta-feira foi resultado de ação conjunta entre a Delegacia de Meio Ambiente da PF no Rio de Janeiro (DMA/PF/RJ), o Comando de Polícia Ambiental da PMERJ (CPAm/PMERJ), o 6º Batalhão da PMERJ (Tijuca), o CIVITAS da Prefeitura do Rio e o Disque Denúncia. O trabalho integrou troca de informações de inteligência entre os órgãos envolvidos.
Comércio de macacos-prego no Brasil
O macaco-prego está entre os animais mais visados pelo tráfico de fauna no país. Filhotes são retirados da natureza após a morte das fêmeas adultas, prática que ameaça a sobrevivência da espécie e compromete o equilíbrio ecológico. Segundo a RENCTAS, o primata figura entre os mais resgatados em operações de combate ao comércio ilegal, muitas vezes em condições que dificultam a reintrodução na natureza. A lei ambiental prevê multa e detenção para quem mantém animais silvestres sem autorização.
Fonte: Tribuna de Minas