Um casal foi preso após tentar contrabandear filhotes de macaco por um aeroporto escondidos na roupa íntima. O homem e a mulher, que não tiveram seus nomes divulgados, foram flagrados com seis pequenos primatas escondidos nas calças enquanto passavam pela segurança do Aeroporto José María Córdova, na Colômbia, no sábado (03/05).

Segundo relatos, a dupla tentava levar os macacos — dois macacos-pregos-de-cara-branca (Cebus capucinus) e quatro saguins-de-cabeça-algodão (Saguinus oedipus) — para a República Dominicana.

Os saguins-de-cabeça-algodão são uma espécie criticamente ameaçada de extinção e ambas as espécies são protegidas. Infelizmente, apenas quatro dos macacos sobreviveram; os outros dois morreram, segundo as informações.

Em um registro, os animais podem ser vistos deitados, indefesos, em uma caixa, após serem resgatados por um funcionário do aeroporto.

Policiais uniformizados da Polícia Ambiental e da Unidade Antinarcóticos, presentes no terminal aéreo, encontraram os macacos, que estavam enrolados em sacos de pano posicionados entre as pernas do homem e da mulher.

Verificou-se que os primatas tinham menos de dois meses de idade e foram levados às pressas para o Centro de Atenção e Valoración de Fauna Silvestre da Cornare, para serem examinados.

A Cornare, autoridade ambiental colombiana no leste de Antioquia, declarou que os macacos estavam sedados. Foi relatado que cada animal também apresentava sinais de abuso, tortura, desidratação e desnutrição.

O casal passava pelo Aeroporto Internacional José María Córdova, na cidade de Rionegro, a 20 quilômetros a sudeste de Medellín, na Colômbia.

As autoridades ainda não identificaram a nacionalidade do homem e da mulher, mas confirmaram que eles não são colombianos.

O aeroporto falou sobre o caso em um comunicado. “Seis primatas da biodiversidade colombiana, incluindo espécies criticamente ameaçadas, foram encontrados sedados e escondidos nas partes íntimas de dois cidadãos estrangeiros que tentavam contrabandeá-los para fora do país pelo Aeroporto Internacional José María Córdova. Os quatro indivíduos sobreviventes permanecem sob observação na Área de Conservação da Cornare (CAV), onde recebem cuidados especializados para estabilizá-los e iniciar um processo de reabilitação”, dizia a nota.

Eles ainda explicaram sobre o futuro dos criminosos. “Os dois cidadãos estrangeiros foram entregues à Procuradoria-Geral e enfrentarão acusações de crueldade contra animais, tráfico de fauna silvestre e exploração ilegal de recursos naturais”, afirmou.

“Rejeitamos enfaticamente esse tipo de tráfico de animais silvestres. A fauna deve viver em liberdade. Não podemos permitir que essa atividade ilegal continue crescendo em nosso país”, declarou Javier Valencia González, diretor da Cornare.

O homem e a mulher responsáveis devem ser processados por maus-tratos a animais e tráfico de fauna silvestre.